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sábado, 29 de junho de 2013

Solenidade de São Pedro e São Paulo †


Pedro e Paulo representam duas dimensões da vocação apostólica

“Eis os santos que, vivendo neste mundo, plantaram a Igreja, regando-a com seu sangue. Beberam do cálice do Senhor e se tornaram amigos de Deus”.


Meus queridos Irmãos,

Celebramos hoje, 29/06, a festa das duas colunas da Igreja: São Pedro e São Paulo. Pedro: Simão responde pela fé dos seus irmãos (cf. Evangelho de Mateus 16,13-19). Por isso, Jesus lhe dá o nome de Pedro, que significa sua vocação de ser “pedra”, rocha, para que o Senhor edifique sobre ele a comunidade daqueles que aderem a ele na fé. Pedro deverá dar firmeza aos seus irmãos (cf. Lc 22,32). Esta “nomeação” vai acompanhada de uma promessa infalível: as “portas” (que correspondem à cidade, reino) do inferno (o poder do mal, da morte) não poderão nada contra a Santa Igreja de Cristo, que é uma realização do “Reino do Céu” (de Deus). A libertação da prisão ilustra esta promessa na primeira Leitura. Cristo lhe confia também “o poder das chaves”, ou seja, o serviço de “mordomo” ou administrador de sua casa, de sua família, de sua comunidade ou cidade. Na medida em que a Igreja é a realização, provisória, parcial, do Reino de Deus, Pedro e seus sucessores, os Papas, são administradores dessa parcela do Reino de Deus. Eles têm a última responsabilidade do serviço pastoral. Pedro, sendo aquele que responde “pelos Doze”, administra ou governa as responsabilidades da evangelização. E recebe, ainda, o poder de ligar e de desligar, o poder de decisão, de obrigar ou deixar livre. Não se trata de um poder ilimitado, mas da responsabilidade pastoral, que concerne à orientação dos fiéis para a vida em Deus, no caminho de Cristo.


Paulo aparece mais na qualidade de fundador carismático da Igreja. Sua vocação se dá na visão de Nosso Senhor Jesus Cristo no caminho de Damasco: de perseguidor, transforma-se em mensageiro de Cristo, “apóstolo”, grande pedagogo da missão e da vida do Senhor. É Paulo que realiza, por excelência, a missão dos apóstolos de serem testemunhas do Ressuscitado até os confins da terra. As cartas a Timóteo, escritas da prisão de Roma, são a prova disso, pois Roma é a capital do mundo, o trampolim para o Evangelho se espalhar por todo o mundo civilizado daquele tempo. São Paulo é o apóstolo das nações. No fim da sua vida, pode oferecer uma vida como oferenda adequada a Deus, assim como ele ensinou. Como Pedro, Paulo experimentou Deus como Aquele que nos liberta da tribulação.


Pedro foi crucificado de cabeça para baixo. Os artistas da iconografia católica colocaram as chaves da Igreja em sua mão, para distinguir o seu encargo de possuidor das chaves da salvação. Paulo foi morto decapitado por ser cidadão romano, o que o impedia de ser crucificado. Os artistas da iconografia católica lhe põem sempre na mão uma espada, além de um livro, para simbolizar as várias epístolas teológicas que legou para a Igreja de Cristo.


Por isso o Evangelho nos fala da confissão de fé de Pedro e a promessa de Jesus para seu futuro. Jesus apelidara Simão de Cefas, que, em aramaico, significa "pedra". O apelido pegara a ponto de todos o chamarem de Simão Pedro ou simplesmente de Pedro. Pedro assim será o fundamento da Igreja, do novo Povo de Deus. A pedra na Bíblia significava e significa a segurança, a solidez e a estabilidade, como régio és meu penedo de salvação. Mas Jesus sabia que, sendo criatura humana, Pedro, por mais fiel que Lhe fosse, seria sempre uma criatura fraca. Por isso, se faz de Pedro o fundamento, reserva para si todo o peso e todo o equilíbrio da construção e sem a qual o inteiro edifício viria abaixo.


O simbolismo das chaves é claro. A chave abre e fecha. Possuir a chave significa garantia, propriedade, poder de administrar. Isaías tem uma profecia sobre a derrubada do administrador. Sobna e sua substituição pelo obscuro empregado Eliaquim. Põe na boca de Deus estas palavras: “Colocarei as chaves da casa de Davi sobre seus ombros: ele abrirá e ninguém fechará, ele fechará e ninguém abrirá”(cf. Is 22,22). O texto aproxima-se muito à promessa de Jesus, até mesmo na escolha de um humilde pescador para administrar a nova casa de Deus. Assim como Eliaquim não se tornou o dono da casa de Davi, também Pedro não será o dono da nova comunidade. O dono continuará sempre sendo o próprio Deus. Em linguagem jurídica, diríamos que Pedro tornou-se o fiduciário de Cristo. O binômio ligar-desligar repete o abrir-fechar das chaves. Pedro recebe o direito e a obrigação de decidir sobre a autenticidade da doutrina e comportamento dos cristãos diante dos ensinamentos de Jesus. Esta missão de todos os Papas, sucessores de Pedro, que bem podem ser definidos como os guardiões da verdade e da caridade. Celebrar São Pedro, para os cristãos, é também celebrar o Papa.



Pedro e Paulo representam duas dimensões da vocação apostólica, diferentes, mas complementares. As duas foram necessárias, para que pudéssemos comemorar hoje os fundadores da Igreja Universal. Esta complementaridade dos carismas de Pedro e Paulo continua atual na Igreja de Cristo hoje: a responsabilidade institucional e criatividade missionária, responsabilidade de todos nós!

SÃO PEDRO E SÃO PAULO - ROGAI POR NÓS
Rezemos, pois, pelo nosso Santo Padre FRANCISCO* que para fiel a missão de ter o serviço da caridade de dirigir a Igreja de Cristo nos interpele para seguirmos a missão de Pedro e de Paulo para sermos testemunhas de Cristo no mundo. Amém!

Padre Wagner Augusto Portugal
Vigário Judicial da Campanha(MG)
*Na época em que o artigo foi escrito, o Papa era Bento XVI.
TEXTO ORIGINAL EM: www.cançãonova.com


ASSISTA PELO GLÓRIA TV AO FILME "PEDRO E PAULO", DE 1981, ESTRELADO POR ANTHONY HOPKINS, COMO PAULO DE TARSO.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

São João Batista - A Voz que Proclama no Deserto e Arauto de Nosso Senhor Jesus Cristo †


Ele é um personagem enigmático do Novo Testamento. Sua importância nas Sacras Escrituras o tornam como um dos ícones cujo legado deixou uma marca indelével na História do Cristianismo. João Batista é uma figura tão importante que os quatro Evangelhos começam com sua trajetória, o que não o torna um ícone suplementar. Entretanto, os Evangelhos contam poucos detalhes de sua vida, mas contam o nascimento de João, com feitos fantásticos Sabe-se que seu nascimento foi de forma miraculosa, pois seu pai e sua mãe eram de idade avançada. Que Isabel (sua mãe) era da descendência de Aarão (irmão mais velho de Moisés) e teve uma gestação de alto risco, o que poderia se dizer para uma mulher idosa que engravidasse em nossos dias. Que nasceu 6 (seis) meses antes de Jesus. Que Zacarias, seu pai, era descendente da tribo ou do povo de Abias. Ambos eram justos e caminhavam nos preceitos de Deus. Tendo Zacarias duvidado das palavras do Anjo que lhe anunciou o nascimento de um filho varão, ainda no Santo dos Santos do Templo, saiu dele mudo, causando muito espanto a todos, e mudo ficou até o dia do nascimento. Uma fogueira foi acesa como forma de comemoração e alegria no dia da chegada de João Batista ao mundo. Foi educado no sacerdócio por seu pai – Zacarias. Ele cresceu firme em Espírito e esteve no deserto até sentir-se capacitado para fazer sermões, e assim iniciar sua missão na vida e mostrar ao povo a que veio.


Muitos estranham o fato de João Batista ser citado por diversas fontes como o Pregador do Deserto, de alimentar-se com gafanhotos e mel silvestre, pois que era filho do sacerdote Zacarias. O deserto, no qual pregava João Batista, era o deserto das Almas, as almas desérticas. Mas como seria a aparência de João Batista? Os Evangelhos nada dizem de sua fisionômia, mas a tradição o vê com longas barbas e cabelos, bem como uma forma rudimentar de se vestir. Por que ele foi associado a imagem tão rústica, como um homem das cavernas?

  ANALISEMOS: Se ele morava no deserto, deveria ter um aspecto rude, não poderia cortar o cabelo, e a impressão é que o Batista deveria ter um aspecto selvagem. Se referiam a ele como um Nazir (ou nazireu). O Nazir era alguém que fazia voto de não cortar os cabelos e a barba, e tinham obviamente o cabelo e barbas compridas. Um famoso nazir do Antigo Testamento foi o Sansão.


Todavia, sentindo-se capaz, o filho de Zacarias e Isabel iniciou a pregação de seu Ministério no Rio Jordão. Trajava veste de pelos de camelo, e cinto de couro que lhe cingia a cintura. Segundo narram os textos bíblicos, seu alimento era gafanhotos e mel de abelhas.


E A DIETA ESPARTANA DE JOÃO BATISTA? Uma linguagem figurada ou ele realmente se alimentava de mel e insetos? É SABIDO que o consumo de gafanhotos é permitido pelas leis judaicas, e não seria errado dizer que ele comia gafanhotos. Os gafanhotos, segundo dizem, cozidos, parecem nozes. Mas muito improvável que se alimentasse apenas de mel e gafanhotos. Parece que fica claro que a intenção dos evangelistas era de que João comia alimentos puros, e não processados como o pão e o vinho.

O EVANGELHO BIONITA, APÓCRIFO, tem uma teoria a respeito da dieta de João, mas tal evangelho não existe mais. São Jerônimo, que viveu no Século IV e que traduziu a Bíblia do grego e hebreu para o latim, criando assim a Vulgata, tinha uma cópia deste texto. Jerônimo, conhecedor do grego e latim como era, segundo sua tradução do Evangelho Bionita, ele não come gafanhotos, mas sim bolos de mel. Em grego, a diferença entre há diferença entre a palavra “GAFANHOTO”(“AKPIS”) e a palavra “BOLO DE MEL” (“EYKPIS”) é de apenas uma letra. Podia haver confusão e fazer mas sentido, e este era o alimento dos israelitas do deserto, pois era a dieta dos ascetas do deserto. O fato é que no tempo do nascimento de João Batista era o tempo da perseguição e mortalidade de inocentes. Isabel fugiu com o filho para longe em local deserto para proteger o filho. Ela morreu antes de completar o resguardo de quarenta dias. Por este motivo, João, órfão de mãe, foi criado no sacerdócio de seu pai no deserto entre as feras, durante 30 (trinta) anos, conforme relatos bíblicos. Este fato tem paralelo com o que aconteceu também com Maria e José, pais de Jesus.

  Os Evangelhos retratam João como um profeta apocalíptico: "Eu batizo com água. No meio de vós está alguém que não conheceis, o que vem depois de mim, do qual não sou digno de desamarrar as correias das sandálias" (Jo 1,26); João Batista diz: Arrependei-vos. O Reino dos Céus está próximo. (MT, 03,v02). João pensava no fim dos tempos, pois achava que estava porvir. Queria que as pessoas se arrependessem e levassem uma vida virtuosa. Muito provável que João se via como o profeta ardente que Elias anunciou em Malaquias. Como ele vivia no deserto e proclamava uma mensagem apocalíptica, João pode ter sido membro da misteriosa seita dos essênios, os autores dos pergaminhos do Mar Morto. Quando estes foram encontrados em uma caverna da região de Qmran, em 1947, pareciam ser a biblioteca de um grupo de judeus que era apocalíptico e messiânico, que acreditava plenamente no fim do mundo, retiram-se da sociedade para viver no deserto, e dizem nas leis de seu grupo que é um documento de fundação que haviam deixado para a sociedade deles, e conforme Isaías, cap 40, versículo 3, “preparem o caminho para o deserto”. Não é coincidência que nossos evangelhos comecem com alguém do mesmo local perto de Qmran, também pedindo arrependimento, dizendo que “chegou a hora, preparem o caminho para o deserto”. Será que havia uma conexão? Será que João freqüêntou as misteriosas cavernas de Quinram e seguiu os rituais da Comunidade?

  POR OUTRO LADO, não há razão também para associá-lo com os essênios, pois conforme as próprias escrituras afirmam, ele era um indivíduo isolado no deserto, chamando as pessoas. Já os essênios, estes viviam em comunidade, traço dos mais importantes desta sociedade, pois era um grupo que vivia junto, comia junto e trabalhavam juntos, e praticavam os rituais de imersão. Já João, conforme os sacros textos, não convivia com ninguém, e além disso, se vestia com roupas velhas. Já os essênios, se vestiam com roupas brancas.

 
JOÃO tinha uma abordagem radical de imersão e purificação judaicas. Não foi a toa que escolheu o RIO JORDÃO para seus rituais.Para ele, o Jordão tinha algo de profundamente sagrado, pois havia sido no Jordão que o Profeta Elias foi visto pela última vez antes de ser arrebatado. Iniciou sua missão pregando Batismo do arrependimento para remissão dos pecados. Pedia às pessoas que dividissem os seus pertences com os mais pobres, aos fortes, que amparassem os fracos. Aos sábios, que instruíssem os ignorantes, aos patrões, para serem mais humanos com seus subalternos, aos filhos, que respeitassem os pais e aos pais, que enveredassem os filhos para o caminho do bem. Que os publicanos cobradores de impostos não exigissem mais do que havia sido ordenado pelos superiores. Aos soldados, que não praticassem a violência, não fraudassem ninguém e que se contentassem com o soldo recebido. Aos fariseus, saduceus e às demais castas religiosas, que ensinassem a não violência que se arrependessem de seus pecados e que se batizassem pelo batismo da água e do fogo.

ARREPENDEI-VOS, POIS O REINO DE DEUS ESTÁ PRÓXIMO”, pregava João para a aglomeração de Judeus em sua volta. Batizava as pessoas nas águas do Rio Jordão, enquanto dizia: “EU VOS BATIZO EM ÁGUA MAS EIS QUE VEM OUTRO MAIS PODEROSO DO QUE EU, A QUEM EU NÃO SOU DIGNO DE DESARTA-LHE AS CORREIAS DAS SANDÁLIAS. ELE VOS BATIZARÁ NO ESPÍRITO SANTO E NO FOGO”.

Depois que muitas pessoas foram batizadas, o próprio Jesus dirigiu-se à Galiléia e foi procurar João. Tendo visto chegar Jesus o apontou: “EIS O CORDEIRO DE DEUS, AQUELE QUE TIRARÁ OS PECADOS DO MUNDO! É ESTE DE QUEM EU DISSE: DEPOIS DE MIM, VIRÁ UM HOMEM QUE ME É SUPERIOR, PORQUE EXISTE ANTES DE MIM! EU NÃO O CONHECIA MAS SE VIM BATIZAR EM ÁGUA É PARA QUE ELE SE TORNE CONHECIDO EM ISRAEL”. Então João Batista batizou Jesus. Saindo da água Jesus ficou parado um pouco além da margem, e eis que os céus se abriram e viram o Espírito Santo sob uma forma de pomba descer sobre Ele e uma voz dos céus foi ouvida: “Este é meu filho amado, no qual pus a minha complacência.” Daí surge uma questão: COMO JESUS, SE NÃO TINHA PECADO, se deixou batizar por João Batista, se justamente seu batismo era o de contrição?

  LUCAS seguiu a via mais simples: somente menciona que Jesus foi batizado mas não diz por quem e que tipo de batismo. Já Mateus faz João Batista e Jesus terem uma discussão, pois João diz que não era digno de batizá-lo, mas Jesus diz que é a vontade de Deus. Os autores dos evangelhos querem mostrar que Jesus era superior a João, e isto esta fortemente presente nas narrativas do batismo. Uma leitura mais atenta nos textos bíblicos revela que João pode ter tido grande influência nos ensinamentos de Jesus. Alguns estudiosos acreditam que Jesus teria ouvido os ensinamentos de João e os absorveu, e parecem ter a mesma tradição de ensinamentos. Apenas um fragmento dos ensinamentos de João sobreviveu, e ele disse:” quem tem dois mantos, deve dar a quem não tem nenhum”. Isto quem disse foi o Batista, não Jesus.

  João ensinava o que chamamos de “ética de Jesus”. Esta ética era, sem dúvida, a mesma de João. Os discípulos disseram a Jesus: “Mestre, nos ensine a rezar como João ensinou aos seus discípulos”(Lucas, 11-1-4)- e Jeus lhes ensinou o Pai Nosso. Lucas, parece assim, indicar que o “Pai Nosso” é uma oração de autoria de João Batista, pois parece ser uma oração apropriada para João, bem como para Jesus. Mas nem todos concordam com esta interpretação, pois os discípulos de Jesus tinham sido discípulos de João Batista, e teriam sabido muito bem as orações que o arauto e asceta do deserto ensinava. Sendo assim, o “Pai Nosso” veio de Jesus, porque quando se dirige a Deus como Pai, isto era somente de exclusividade dele no Novo Testamento.

Entretanto, a parte mais documentada da vida de João é a sua morte, tanto retratada pelo historiador Flávio Josefo como nos 4 evangelhos canônicos. Esteve João Batista anunciando a vinda de Jesus em muitas cidades em toda a Galiléia e em toda circunvizinhança. Tendo João Batista repudiado o Rei Herodes, pelo casamento incestuoso que mantinha com Herodíades, a mulher de seu meio irmão Herodes Felipe, foi encaminhado preso por ordem de Herodes para uma prisão na fortaleza de Maquerunti. Depois de 2 (dois) anos de sofrimento na masmorra do Palácio, foi degolado por imposição da mulher de Herodes, os seus discípulos enterraram o corpo.

Segundo o Levítico, um homem não pode casar com a ex-mulher do irmão vivo, e Herodes Antipas fez isso, pois era considerado uma união impura punida pela infertilidade, e o batista atacou Herodes por infringir a lei bíblica, e sua missão era falar a verdade, mesmo que tivesse que arriscar a sua própria vida. Todos os Evangelhos concordam que Herodes mandou matar João Batista, mas diferem nos detalhes. Os eventos mais dramáticos dizem Herodes fez uma grande festa no palácio em Macaerus, para os seus principais oficiais e outros homens de posição elevada nos conselhos do governo da Galiléia e Peréia. Já que Herodiades tinha fracassado em causar a morte de João, por apelo direto a Herodes, ela estabeleceu para si mesma a tarefa de levar João à morte por meio de um plano astuto.

No decorrer das festividades e entretenimentos daquela noite, Herodiades apresentou a sua filha para dançar diante dos convivas. Herodes estava muito encantado com a dança da donzela e, chamando-a diante de si, disse: “Tu és encantadora. Estou muito satisfeito contigo. Peça a mim, neste meu aniversário, o que desejares, e eu darei a ti, ainda que seja a metade do meu reino”. E Herodes fazia tudo isso sob a influência de muito vinho. A donzela retirou-se e perguntou à sua mãe o que deveria ela pedir a Herodes. Herodiades disse: “Vá a Herodes e peça a cabeça de João Batista”. E a jovem donzela, retornando à mesa do banquete, disse a Herodes: “Eu peço que me entregues imediatamente a cabeça de João Batista, em uma bandeja”. Herodes ficou cheio de medo e de tristeza, no entanto, tinha dado a sua palavra diante de todos os que se assentavam para banquetear-se com ele, e por isso não queria negar o pedido. E Herodes Antipas enviou um soldado com a ordem de trazer a cabeça de João. E João teve então a sua cabeça decepada, naquela noite, na prisão; e o soldado trouxe a cabeça do profeta em uma bandeja e apresentou-a à jovem donzela, no fundo da sala de banquete. E a donzela deu a bandeja à sua mãe. Quando os discípulos de João ouviram sobre isso, vieram à prisão buscar o corpo de João e, depois de colocá-lo em um túmulo, foram embora e contaram tudo a Jesus.

  A MORTE DE JOÃO, segundo os evangelhos, é de bastante dramaticidade. Vários elementos da história parecem provir do LIVRO DE ESTHER. O Rei Artaxerxex promete a Esther que lhe dará tudo, até a metade do reino, a mesma coisa que Herodes diz a filha Herodíades no Evangelho. NO ENTANTO, o relato de Josefo parece ser mais próximo da morte do Batista. Segundo Josefo, João nunca acusou Antipas. Este era paranóico, e quis se livrar de João Batista o quanto antes, para evitar que causasse problemas. Foi um ataque preventivo, pois sabia que o Batista liderava um grande número de seguidores no Rio Jordão, o que já por si representava uma ameaça.

 
São João Batista - Rogai por nós!!!!!


ORAÇÃO DE SÃO JOÃO BATISTA

São João Batista, voz que clama no deserto, endireitai os caminhos do Senhor, fazei penitência, porque no meio de vós esta quem não conheceis, e do qual eu não sou digno de desatar os cordões das sandálias. Ajudai-me a fazer penitência das minhas faltas, para que eu me torne digno do perdão  daquele que vós anunciaste com estas palavras: Eis o Cordeiro de Deus, eis aquele que tira o pecado do mundo. São João Batista rogai por nós. Amém.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Glorioso Santo Antonio de Pádua, o Martelo dos Hereges, Irmão dos Pobres.


 "Doutor da Igreja", "Martelo dos Hereges", "Doutor Evangélico", "Arca do Testamento"

É como os Papas o chamaram. Para o povo fiel, ele protege os pobres, auxilia na busca de coisas e pessoas perdidas, orienta os sentimentos e inspira a vida de oração; afugenta os demônios e a peste; cura os enfermos. Foi franciscano da primeira hora. Conhecido como milagreiro, sua própria vida foi um milagre contínuo.

Por alguns ele é chamado de Santo Antônio de Lisboa, cidade onde nasceu. Outros preferem chamá-lo de Santo Antônio de Pádua, lembrando a cidade onde exerceu suas funções e nas cercanias da qual morreu. Cada um desejando a glória de que o Santo tenha sido de sua cidade.

Quem acabou resolvendo essa "disputa" foi o Papa Leão XIII que chamou Antônio de "o santo do mundo todo". E Leão XIII tinha razão: a devoção a Santo Antônio é universal.  Ele é verdadeiramente Santo Antônio de todo o mundo...

Embora tendo uma vida terrena curta ---morreu aos 36 anos--- tornou-se um dos santos mais populares do mundo, sendo venerado tanto no Oriente quanto no Ocidente, no norte e no sul. No Brasil, a devoção a Santo Antônio foi uma herança deixada pelos portugueses.

Sua santidade, sua oratória e modo de ser, sua caridade: tudo isso contribuiu para que o nome de Santo Antônio corresse o mundo. Contudo, é inegável que os milagres a ele atribuídos ajudaram em muito o crescimento de sua popularidade.


Durante seus sermões, ele falava uma só língua, porém, frequentemente, era entendido por pessoas de outros países, que falavam outros idiomas. Seu Provincial aproveitou-se desse fato miraculoso e o encarregou da ação apostólica contra os hereges na região da antiga Romagna e no norte da Itália. Ele tornou-se, então, um extraordinário pregador popular. Falava numa língua e era compreendido por todos...

Era tal é a quantidade de fatos extraordinários e sobrenaturais que aconteciam durante suas pregações e depois delas ou que eram obtidos através de suas orações e intercessão que Frei Antônio é considerado o santo dos milagres.

Sem dúvida, ele é o "Santo dos Milagres". Se relacionarmos os milagres a ele atribuídos chegaremos a um número impressionante. Pode ser até que essa tenha sido uma das causas de ele ter sido canonizado em menos de um ano após a morte.  E isto é certo, pois, a boca fala da abundância do coração. Assim como só quem admira pode entusiasmar, só quem é santo pode santificar.


Santo Antônio nunca havia feito um sermão ou falado em público. Em certa ocasião, de 1221, em Forli, sendo ainda um jovem frade, ele recebeu a incumbência de ser o pregador numa cerimônia de ordenação sacerdotal de franciscanos e dominicanos.

Era uma circunstância totalmente casual: ele substituiria o pregador oficial, impossibilitado de comparecer.

Por obediência, ele fez o sermão. Foi um sucesso. Mostrou-se tão dotado de conhecimentos e de eloquência e suas palavras eram tão carregadas de fé e sobre naturalidade que surpreendeu até seu Provincial. Deixou todos admirados e maravilhados. Seus Superiores na recém-fundada Ordem dos Franciscanos não tiveram dúvidas, em nome da "santa obediência", designaram Frei Antônio como encarregado das pregações. Ele obedeceu: foi o início de uma missão plena de sucessos e muitos frutos.


Quando ele falava, as multidões acorriam ao local onde seria a pregação. Até os comerciantes fechavam seus estabelecimentos e iam ouvi-lo. As cidades onde ele pregava paravam e a região em torno delas também parava. Houve caso de se juntar até 30 mil pessoas num só sermão!

As igrejas tornavam-se pequenas para conter tanto público. Então, ele ia falar nas praças públicas. E, quando terminava, "era necessário que alguns homens valentes e robustos o levantassem e protegessem das pessoas que vinham beijar-lhe a mão e tocar-lhe o hábito". O número de sacerdotes que o acompanhavam era pequeno para ouvirem as confissões daqueles que, tocados por seu sermão, queriam confessar-se e mudar de vida.

Sem exagero: suas pregações eram seguidas de milagres como não se via desde o tempo dos Apóstolos. Praticamente não havia coxo, cego ou paralítico que, depois de receber sua bênção, não ficasse são.  Foi grande o número de convertidos por ele. Em certa ocasião converteu 22 ladrões que, apenas por curiosidade, tinham ido ouvi-lo.


O Martelo dos Hereges

Santo Antônio foi chamado de "Martelo dos Hereges", isso porque em seus sermões os adversários da Igreja encontravam nele um inimigo formidável.  A mais antiga de suas biografias conta que "dia e noite (Frei Antônio) tinha discussões com os hereges; expunha-lhes com grande clareza o dogma católico; refutava vitoriosamente os preceitos deles, revelando em tudo ciência admirável e força suave de persuasão que penetrava a alma dos seus contrários". Talvez por isso sua língua esteja miraculosamente conservada em Pádua, há quase 800 anos.

Não se pode imaginar que a ação apostólica de Santo Antônio fosse feita sem dificuldades, sem oposições, sem a atuação dos inimigos da Igreja. Havia opositores, sim. E eles eram muito ativos. Mas, pior que os inimigos, eram os indiferentes.

Em certa ocasião, na região de Rimini, no norte da Itália, os inimigos da Fé Católica queriam impedir que o povo fosse aos sermões do Santo. Para isso, prepararam uma cilada: enviaram comparsas até a próxima cidade em que Antônio iria. Antes da chegada do Santo eles espalharam seu veneno entre o povo:

"- Antônio é um frade mentiroso e falso", cochichavam eles.


Antônio chegou à cidade e começou sua missão. Estranhamente, durante seu sermão, o povo se mantinha indiferente e os hereges não o quiseram escutar virando-lhe as costas. O Santo não teve outra alternativa senão abandonar seus ouvintes. Mesmo assim, não desanimou: foi até à beira da água, onde o rio conflui com o mar, e chamou os peixes para escutá-lo.

O resultado foi surpreendente: milhares de peixes de variados tipos e tamanhos aproximaram-se com a cabeça fora da água em atitude de escuta. E o Santo falou para eles. Aproveitou a ocasião para elogiar a participação dos peixes na história da salvação...

Mais que uma atitude desconcertante, ali estava acontecendo um estupendo milagre! Os moradores que testemunharam o fato não deixaram de contar o ocorrido para o restante da população. A notícia correu por toda a cidade e, com ela, um sopro de entusiasmo percorreu a região sacudindo os indiferentes, deixando envergonhados os detratores de Antônio. Muitos deles se converteram. Foi uma lição.


Milagre que pode converter até ateus de hoje

- Para poder crer na presença real de Jesus na hóstia consagrada, quero um milagre... Era o que dizia um pobre ateu por todos os cantos onde andava. Para ele, o Santíssimo Sacramento era uma burla, uma chantagem. Numa ocasião, diante de toda a cidade, fez a Santo Antônio uma proposta Ímpia e arrogante:

- Deixo minha mula sem comer durante três dias. Depois disso, trago o animal até essa praça e ofereço feno e aveia para ela. Enquanto isso, Frei Antônio, o senhor vai mostrar para a ela a Hóstia consagrada... Se a besta deixar a comida de lado e der atenção à Hóstia, se ela a reverenciar como se a adorasse... Ai, eu passo a acreditar. Passo a crer na presença de Jesus na Eucaristia! Santo Antônio aceitou a proposta.


Três dias depois, na praça repleta, chega o homem puxando seu faminto animal. Santo Antônio também chegou. Respeitosamente, ela trazia uma custódia com Santíssimo Sacramento. O incrédulo colocou o monte de feno e aveia próximo de onde estava Frei Antônio e, confiante, soltou o animal. Conforme o que se havia combinado, a mula deveria escolher sozinha entre o alimento e o respeito à Hóstia consagrada.

O suspense geral foi quebrado quando o animal, livre de seus cabrestos, calmamente, dobrou seus joelhos diante da Custodia com o Santíssimo Sacramento. Um milagre suficiente para converter até ateus de hoje.


Devoto de Maria, amigo de Jesus

Desde pequenino, Antônio foi devoto de Nossa Senhora. Rezava sempre a Ela e recorria continuamente a seu socorro. E ela atendia constantemente. Um dia, por exemplo, já religioso, quando o demônio já não podia mais suportar o bem que o santo fazia, agarrou-o pelo pescoço tão violentamente que estava a ponto de enforcá-lo. Antônio já estava sem voz.

Usando de suas últimas forças, pôde balbuciar as palavras da antífona mariana "O Gloriosa Domina!" No mesmo instante, o demônio fugiu espavorido.  Depois de livrar-se do maligno e recompor-se, Antônio viu que a seu lado estava a Rainha do Céu, resplandecente de glória.

Sem dúvida nenhuma, foi por causa de sua devoção e de seu entranhado amor à Santíssima Virgem que um outro fato pôde acontecer. Isso porque aquele que é devoto de Maria é levado por Ela a Jesus:


Certa vez Frei Antônio, já no fim de sua vida, hospedou-se na casa de uma família amiga, em Camposampiero. Quem narra este episódio é o Conde Tiso, anfitrião do Santo:

À noite, o Santo já estava nos aposentos a ele destinados, recolhido em oração. O dono da casa percebeu que uma luz forte vinha de dentro do quarto onde estava Antônio. Não poderia ser luz de velas, era forte demais, muito intensa. O Conde, vencido pela curiosidade, levantou-se e foi ver o que poderia ser aquilo. Aproximou-se do quarto e, pelas frinchas da porta deparou-se com uma cena miraculosa:

O Santo estava arrebatado, em contemplação. A Virgem Maria, então, coloca nos braços dele o Menino Jesus. O menino enlaça seus bracinhos ao pescoço do frade e amigavelmente conversa com ele.  Sentindo que estava sendo observado, o Santo procurou o Conde Tiso e o fez jurar que só depois que ele morresse o Conde contaria o que tinha visto naquela noite. Foi esse o fato que deu motivo para que Santo Antônio fosse representado em suas imagens com o Menino Jesus nos braços.


Salvou o pai da morte

Em Portugal houve um assassinato. Todas as suspeitas do crime indicavam o pai de Santo Antônio com sendo o criminoso. Mas isso era falso. Ele era, de fato, inocente.

Veio o dia do julgamento. No tribunal, os juízes estavam a ponto de proferir a sentença que condenaria o acusado. No banco dos réus, o pai de Frei Antônio nada podia fazer. Não tinha defesa. No mesmo momento, na Itália, Santo Antônio estava fazendo um sermão em uma Igreja. De repente, ele interrompeu suas palavras e ficou imóvel, como se estivesse dormindo em pé. Aconteceu que, nesse mesmo instante, Antônio foi visto na sala do júri, em Portugal, conversando com os juízes.

- Por que tanta precipitação? Posso provar a inocência do meu pai. Senhores juízes, venham comigo até o cemitério.

Eles aceitaram o convite. Chegando ao cemitério, sem demora, Frei Antônio mandou que abrissem a sepultura onde estava enterrado o homem assassinado. Olhando para o cadáver já meio decomposto, perguntou ao defunto:

- "Meu irmão, diga agora, diante de todos, se meu pai foi o assassino que lhe matou..."

Para espanto dos juízes e de todos que ali estavam, o defunto abriu a boca e disse pausadamente, como se estivesse medindo suas palavras:

- "Não foi Martinho de Bulhões quem me matou". E tornou a calar-se.

De uma maneira milagrosa e pela intercessão de Santo Antônio, estava provada a inocência do seu pai. A verdade triunfou sobre a mentira e a calúnia. E aqui o milagre foi duplo. Operou-se a bilocação (ato de uma pessoa estar, milagrosamente, em dois locais ao mesmo tempo) e o poder de reanimar os mortos.


Morreu cedo, fez muito e continua a fazer.

Apesar de ter apenas 34 anos, Antônio estava muito doente. Em 1229 foi morar no convento de Arcella, em Camposampiero. Mas, não parou de exercer sus funções de pregador. Depois de pregar a Quaresma de 1231, sentiu-se muito cansado. Ele precisava de repouso.

Tentando dar a Frei Antônio descanso merecido e também necessário para sua sobrevivência, os frades fizeram para ele um "quarto" sobre os galhos de uma enorme nogueira, ali mesmo no mosteiro, em Camposampiero. Mesmo assim o povo o procurava. e Antônio, apesar de já muito debilitado, falava de sua cela, lá de cima da nogueira...

Decidiram então levá-lo para Pádua. Cuidadosamente prepararam um carro puxado por bois, agasalharam bem o enfermo e deram início à longa viagem. No caminho, Antônio foi piorando. Pararam, então, em um povoado onde havia um convento franciscano.

O Santo estava no fim. Sua saúde deteriorava constantemente e ele sofria muito: precisava ficar sentado constantemente pois só assim conseguia respirar. Mas não deixava de cumprir suas obrigações religiosas. Rezava constantemente até que, vendo o fim acercar-se pediu o santo viático e a unção dos enfermos.

Tendo recebido os sacramentos finais, despediu-se de todos e cantou para Nossa Senhora to toda a antífon: "Ó Virgem gloriosa que estais acima das estrelas..." Em seguida, ergueu os olhos para o céu. Todos os presentes o ouviram dizer: "Estou vendo o Senhor..." Pouco depois morreu. Era o dia 13 de junho de 1231. Frei Antônio estava com 36 anos de idade.

Nesse momento, em Pádua, onde ele não tinha conseguido chegar, um bando de crianças saiu espontaneamente pelas ruas gritando: "O santo morreu! O santo morreu!". Ao mesmo tempo, em Lisboa, sua cidade natal, os sinos puseram-se a repicar sozinhos. O povo saiu às ruas para ver o que acontecera. Somente mais tarde foi que souberam por quem os sinos dobravam. Era por Antônio. Ele tinha deixado a terra e se encontrava na glória celeste. Antônio partiu. Mas, com sua fama, permanece entre nós. E não apenas em Lisboa e Pádua. Pois, ele é Santo Antônio... do Mundo Todo! (JSG)


Infalível Oração para Santo Antônio

"Bendito seja Deus, em Seus anjos e em Seus santos"

Oh! Santo Santo António, lírio dentre os santos, vosso amor a Deus e caridade por vossos irmãos, fez-vos digno, quando na terra, de possuir poderes milagrosos.

Incentivado por este pensamento, eu te imploro que obtenhas para mim (pedido).

Oh! gentil e amoroso Santo António, cujo coração estava sempre cheio de simpatia humana, faça meu pedido aos ouvidos do doce Menino Jesus, a quem carregastes com amor em vossos braços, e a gratidão meu coração entrego ao Menino Jesus, pelos beneficios que vos concedeu, oh! querido Santo Antônio. Amém.

Oração de libertação de Santo Antônio de Padua

Fazendo o sinal da cruz dirás com muito fervor:

Eis aqui a Cruz do Senhor 

Fugi, potestades inimigas 

O Leão de Judá descendente de David 

Tem vencido. Aleluia.

Este exorcismo usado frequentemente por Santo Antônio é muito eficáz contra as tentações do demônio, como o provam muitíssimos exemplos.

Constituem nessas palavras a breve carta de Santo Antônio que ele mesmo escreveu e entregou a uma devota sua para livra-la de uma forte e tenaz tentação.

Oração:

A vós, Antônio, cheio de amor a Deus e aos homens que tiveste a sorte de estreitar entre teus braços ao Menino-Deus, a ti cheio de confiança, recorro na presente tribulação que me acompanha………….

Te peço também por meus irmãos mais necessitados, pelos que sofrem, pelos oprimidos, pelos marginalizados, pelos que hoje mais necessitem de tua proteção.

Fazei que nos amemos todos como irmãos, que no mundo haja amor e não ódios. Ajudai-nos a viver a mensagem de Cristo.

Vós, em presença do Senhor Jesus, não cesses de interceder a Ele, com Ele, por Ele, a favor nosso ante o Pai. Amém.

Oração eficaz a Santo Antônio

Lembrai-vos, oh! glorioso Santo Antônio, amigo do Menino Jesus e filho querido de Maria Imaculada, que nunca se ouviu dizer que alguns daqueles que têm recorrido a vós a implorado a vossa proteção, tenha sido abandonado.

Animado de igual confiança, venho a vós, oh! fiel consolador dos aflitos!

Gemendo sob o peso dos meus pecados, prostro-me a vossos pés, e, pecador como sou, ouso aparecer diante de vós.

Não rejeiteis, pois, a minha súplica, vós, tão poderoso junto do Coração de Jesus, mas escutai-a favoravelmente, e dignai-vos atendê-la.

Assim seja.


Oração a Santo Antônio pelos pobres

Altíssimo e Sapientíssimo Senhor do mundo, dos céus e da terra, que tudo conheces e tudo governas suave e fortemente;

Excelentíssimo Criador de céus e terra, que mostras a grandeza de teu poder nas coisas grandes e a perfeição de teu governo nas coisas pequenas;

Vigilantíssimo Governador do universo, sem cuja permissão não cai nem um cabelo de nossas cabeças, nem uma folha de nossas árvores; bondosíssimo Dono, que vestes de esplendidas roupas as ervas do campo e dais de comer as aves do céu;

Amantíssimo pai, que para que os ricos deêm seu pão aos pobres, vos estimulas com tuas palavras, vos ameaças com tuas inimizades e lhes premias suas caridades com inumeráveis favores:

Vos suplicamos que atendas aos rogos que vos dirigimos por meio de teu servo Santo Antônio, para que tenhas providencia conosco para nosso bem, nos concedas todas as graças temporais que nos convenham e, sobre tudo ordeneis nossa vida, conforme a toda caridade contigo e com teus pobres, para salvação e santificação de nossas almas.

Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória.

Oração diária para os devotos

Te saúdo Santo Antônio e me regozijo nos favores que nosso Senhor livremente vos tem outorgado.

Te recordo em especial teu momento de alegria quando o Divino Menino Jesus aceitou abraçar-te com ternura.

Oh, que grande felicidade e alegria encheria teu coração nessa ocasião!

Por esta especial prerrogativa e pela alegria de tua beatifica visão, que agora lhe tens ao vê-lo frente a frente, rogo, suplico e imploro.

Oh! querido Santo Antônio, que me ajudes em minhas aflições, problemas e ansiedades, particularmente referente a (aqui mencionar o problema, ou o pedido).

Oh, deixai que teu coração se comova para interceder por mim, para escutar e responder-me.

Diga ao Senhor dos desejos e necessidades de teu devoto (a).

Uma palavra, um olhar de teu coração que tanto ama o Menino Jesus, coroaria de êxito e me encheria de alegria e de gratidão.

Amém.

Santo Antônio a quem o menino Jesus amo e honrou, concedei o que te peço.

Santo Antônio, poderoso em palavra e ação, concedei o que te peço.

Santo Antônio, sempre disposto a ajudar aos que vos invocam, concedei meu pedido.

Amém.

Rogai por nós Santo Antônio.

Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Oração:

Oh! Deus, que vos dignaste escolher a Santo Antônio como modelo de todas as virtudes para a benção de toda a humanidade, e tens convertido a muitas almas através de seus sermões e bom exemplo, concedei que por seus méritos e intercessão possa verdadeiramente converter-me, renunciar ao pecado e a todo desejo de pecar, e fazer-me cada vez mais e mais do vosso agrado pela pratica da verdadeira virtude.

Por Jesus Cristo Nosso Senhor. Amém.


Oração a Santo Antônio, oferecendo esmola para o pão dos pobres

Oh, admirável Santo Antônio! glorioso pelos grandes milagres realizados, que merecestes ter nos braços ao menino Jesus, obtende-me de sua bondade a graça que ardentemente desejo.

Vós que fosteis tão misericordioso com os pecadores, não olheis meus pecados, mas sim a glória de Deus, que será uma vez mais exaltada por vós e a salvação de minha alma, unida a suplica que agora solicito com tanto fervor.

(Se pede o favor).

Seja para vós como uma prenda de minha gratidão a promessa de uma vida mais conforme aos ensinamentos do Evangelho e consagrarei-me ao alivio dos pobres de vós tão amados.

Abençoai minha promessa e alcançai-me a perseverança até a morte. Assim seja.


FONTE: Bento XVI- Audiência Geral - 10 de fevereiro de 2010
www.angelfire.com/ar2/jcarthur/stoantonio.htm