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sábado, 10 de novembro de 2012

Videoteca: Barrabás - Um Estudo sobre a Fé e o Ceticismo.



Barrabás (Barabba) é um filme Ítalo- americano de 1961, do gênero drama épico-bíblico, dirigido por Richard Fleischer e estrelado por Anthony Quinn, Silvana Mangano,  Vittorio Gassman,  Jack Palance,  e Ernest Borgnine.

A partir das escassas informações bíblicas sobre o personagem, o escritor sueco Pär Lagerkvist (*1891 - † 1974- na foto acima) concebeu uma obra de ficção na qual se baseia o filme, o que acabou se tornando um Best Seller,  publicado em mais de dez idiomas. Por sua obra, o escritor recebeu o Prêmio Nobel de 1950.



Barrabás é um personagem misterioso, citado breve e exclusivamente no Novo Testamento, no contexto do julgamento de Jesus. Ele seria um criminoso condenado à morte pela justiça romana, que acaba libertado por vontade do povo judeu, posto a escolher entre ele e o Nazareno.



Tanto a obra literária de Lagerkvist quanto a versão cinematográfica (aliás, a segunda, pois também existe um filme homônimo baseado na mesma obra produzida em 1953, na Suécia) expressa com, bastante precisão a atitude do personagem diante dos mistérios da vida e da morte.




A procura, a ânsia de Barrabás (numa brilhante interpretação de Anthony Quinn, *1915 - †2001) que se demora em Jerusalém, quando após a crucificação de Jesus “nada mais tinha que fazer” e tudo lhe era indiferente, é bem característica.


Barrabás passa por várias situações críticas, seja como escravo-mineiro, seja como gladiador em plena capital do Império Romano. E, em todas elas, a lembrança de Jesus parece persegui-lo, através de outros personagens, como o seu companheiro de infortúnio,  o  cristão Sahak, e o treinador de gladiadores, Lucius.

Por força disso, Barrabás quase se torna cristão e é nesse estado que ele interpreta o incêndio de Roma, ocorrido no reinado de Nero, como um prenúncio do advento de uma nova era, prometida pelo Cristo.




Até no fim, ele se mantem atado a Jesus, posto que também sofre o suplício da cruz. Mas se o Nazareno expira dizendo: "Pai, em Tuas mãos entrego o meu espírito!", Barrabás, que apesar de tudo não conseguiu converter-se a nenhum deus, encerra sua vida murmurando para a noite: "Escuridão, entrego-me à tua guarda!".




Falado em inglês, o filme foi concebido como um grande épico e rodado em locações em Cinecittà, onde foi recriada uma arena romana, sob a supervisão do produtor Dino De Laurentiis (*1919 - † 2010), baseado no romance de Pär Lagerkvist's. Foi a segunda versão cinematográfica do livro, anteriormente filmado em 1953, na Suécia.




A trilha sonora de Mario Nascimbene (*1913 - † 2002) foi notada pela sua originalidade, à frente de seu tempo, com o uso de sons eletrônicos provenientes da gravação de notas em velocidades diferentes nas fitas de áudio. Um dos efeitos mais interessantes acontece na cena de crucificação de Cristo, que ocorre num momento real de eclipse total, considerado um evento sobrenatural na Antiguidade.




O evangelho do amor não tinha nenhum significado para este ladrão e assassino liberto, pois apesar de suas dúvidas, considerava ignóbil, servil, fantástica a fé dos seguidores de Cristo. Não obstante, se sente perseguido pela lembrança da Cruz e daquele que morreu em seu lugar nela. O filme  Barrabás é um extraordinário estudo de crença, ceticismo, e fé, centralizado num personagem de interesse universal – o criminoso que assistiu ao nascimento do Cristianismo, e sem saber, deu testemunho do poder do Cristo sobre o seu próprio espírito rebelde.



Esta grande obra religiosa esta nas melhores lojas e locadoras  de vídeo no Brasil.


ASSISTA AO FILME AQUI, ATRAVÉS DO SITE GLÓRIA TV
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