segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Santa Catarina de Alexandria.


Nascimento

 O rei Costus, da Cilícia, casou-se com Sabinela, mulher prudente e sábia, filha de um príncipe dos Samaritanos, que deu a Costus, como dote, terras do Egito, na região de Alexandria . Deste casamento nasceu Catarina, pelos fins do século III.



 Conversão

Costus faleceu.Sabinela e Catarina foram residir na região da Montanha Negra, na Cilícia. Ali Sabinela conheceu o eremita Ananias que lhe revelou o Deus verdadeiro e a instruiu na fé. Sabinela aderiu a Jesus Cristo e recebeu o Batismo. Insistia com sua filha para que também ela se fizesse discípula de Cristo. Catarina resistia; defendia o paganismo e refutava todos os argumentos apresentados pela mãe, em favor de Jesus Cristo.

 Catarina estava em idade de contrair matrimônio. A mãe exortava-a para que recebesse um esposo. Os grandes do reino, do qual Catarina era herdeira, lhe pediam o mesmo, para que o reino não perecesse pela rebelião dos ambiciosos. Príncipes de diversas regiões ouviam falar de sua sabedoria e beleza e desejavam casar-se com ela. Catarina primava nas ciências profanas e respondia à mãe e aos pretendentes:

 – Encontrai-me um esposo que seja sábio, belo e nobre; em uma palavra, da mesma condição que eu, e, por amor a vós, estou pronta a recebê-lo por marido.

 Tal resposta entristecia a mãe e os príncipes. Sabinela acorria à ermida de Ananias e lhe pedia que orasse em favor de sua filha.


 O sonho revelador

 Certa noite, Catarina e Sabinela tiveram sonhos idênticos: uma senhora de extrema beleza, rodeada de príncipes, aproximou-se de Catarina e lhe disse:

– Todos estes são reis submissos a meu Filho, o Imperador da Glória. Se queres, escolhe para esposo o que mais te agrada. Catarina não quis nenhum deles. Apareceu, então, o Imperador da Glória, rodeado de uma multidão de seres celestes. A senhora perguntou:
– Queres este, para teu esposo?

Com grande fervor, Catarina disse sim, fosse ele quem fosse, e a nenhum outro.
Sabinela reprovou-a:

– Como ousas pedir para teu esposo aquele que tem tantos reis a seus pés? Que te baste um de seus príncipes, pois todos são poderosos.

A filha respondeu:
– Não me repreendais se desejo este. Não vejo aqui nenhum outro que me seja superior em tudo, a não ser ele. Implorai à sua Mãe, a fim de que lhe fira o coração para que me aceite por esposa. Se não, jamais me casarei. Sabinela dirigiu-se à Senhora e lhe ofereceu a filha para esposa do Imperador da Glória.

A senhora disse a seu Filho:
– Quereis esta jovem para vossa esposa?

Ele lhe respondeu:

– Não. Afastai-a. Não posso desposar uma idólatra. Se ela se batizar, prometo aceitá-la por esposa, dando-lhe um anel como sinal de aliança.
 Quando acordaram, Sabinela e Catarina relataram uma à outra o sonho. Parecia-lhes ser revelador.



 Esposa do Imperador da Glória

 Catarina e Sabinela procuraram o eremita Ananias. Contaram-lhe o sonho. Esclarecido por Deus, o eremita lhes disse que a senhora é Maria, a Mãe de Deus; o Imperador da Glória é Jesus Cristo; os príncipes são os Patriarcas, os Profetas, os Apóstolos e os Santos; os seres celestes são os Anjos. Acrescentou, ainda, que se Catarina quisesse o Imperador da Glória por esposo, seria necessário que se fizesse cristã.

 O eremita a instruiu. Chorando e com fervor, recebeu o batismo. Catarina não conseguia esquecer o sonho. Desejava Cristo para seu esposo. Certo dia, rezando em seu quarto, o Senhor lhe apareceu. Em sinal de que a aceitava por esposa, colocou-lhe um anel verdadeiro no dedo e prometeu fazer por ela grandes coisas. E desapareceu. Catarina compreendeu que era uma visão espiritual. A Caridade Divina a abrasava e a envolvia por respeitosa ternura para com o Senhor Jesus, seu esposo. Ele a cumulava de graças. Catarina passou a dedicar seu tempo à contemplação, à oração, à leitura e meditação da Sagrada Escritura, especialmente dos textos dos Evangelhos. Costumava exclamar: – Ó pecadora, como perdi meu tempo nas trevas dos livros profanos!

 – Catarina, eis o Evangelho de teu esposo! Põe teu coração a estudá-lo cuidadosamente, a fim de que possas chegar à luz da Verdade.  

 Em Alexandria

Os grandes do reino pediam a Catarina que se casasse. Catarina respondeu:

– Sou esposa do Rei Altíssimo, o Salvador do mundo. Eis o anel pelo qual o Senhor Jesus me declarou sua esposa.

Os príncipes continuaram a insistir. Catarina, querendo servir unicamente a Deus, pediu à mãe para retornarem à Alexandria, ao patrimônio que lhe pertencia por herança. Confiaram o reino a um governador e partiram. Sabinela sentia-se feliz com as boas disposições da filha. Mas, por esse tempo, Sabinela morreu em paz. Catarina, em Alexandria, administrava cuidadosamente seus bens e cuidava dos servos. Distribuía víveres e vestimentas entre eles. Da abundância da fortuna de seu pai ela fazia esmolas aos pobres. Os príncipes da Cilícia ficaram desapontados. Acusaram Catarina de cristã, ao Imperador Maxêncio, que deu ouvidos aos mensageiros dos príncipes. Determinou que Catarina fosse vigiada secretamente. Em breve, ele mesmo iria a Alexandria. Ficou sabendo que a jovem era sobrinha de seu primo Constantino, seu inimigo mortal, que o expulsara de Roma.


Perseguições

 Estamos por volta do ano 307. Diocleciano e Maximiano haviam favorecido a idolatria e perseguido a Igreja. Maxêncio, filho de Maximiano, quis incrementar o poder da idolatria. Ordenou que a Igreja de Cristo fosse perseguida e arrasada. Para melhor identificar os cristãos, organizou pomposa festa. No dia determinado, Maxêncio, ao som de trombetas, fez convocar os habitantes de Alexandria a se reunirem no templo dos deuses, a fim de oferecerem sacrifícios segundo as posses: os ricos, touros e carneiros; os pobres imolariam pássaros.

Por toda cidade ouvia-se a voz dos animais que eram sacrificados. O sangue das vítimas escorria pelo chão.

 Catarina, ao ouvir o som das trombetas, os gritos dos animais e todo o alarido que se fazia no templo dos ídolos, enviou mensageiros para se informar sobre os acontecimentos. Ciente do que era, dirigiu-se ao templo. Encontrou cristãos a chorar, a gemer e a se queixar. Por medo da morte, viram-se constrangidos a participar dos sacrifícios aos ídolos. A jovem Catarina, tocada de dor e de zelo, enfrentou o olhar do imperador.

 Reprovou-o pela ingratidão para com Deus que o investira de poder; e ele, em vez de reconhecer o seu Criador, sacrificava aos ídolos, inventados pelos homens, e lhes rendia as homenagens devidas ao Deus verdadeiro.

– Além do mais, Deus não se alegra com o sacrifício de animais. O que Deus quer de seus filhos é a fé, a prática da justiça e da misericórdia.

Enquanto a jovem falava, o imperador fixou-lhe o olhar. Considerava a beleza irradiante do semblante da virgem, a coragem e a força de seus argumentos. Quando ela terminou de falar, ele procurou refutar suas afirmações… apoiando-se na tradição dos antepassados,… Maxêncio, vendo que não podia vencê-la na sabedoria, convidou-a a residir em seu palácio e submeter-se às suas ordens.




 Corajosa e sábia

 Maxêncio, vencido nos mestres de sua crença, enfurecido por ver demonstrada a falsidade dos deuses, mandou que os sábios fossem queimados vivos, em praça pública, no dia seguinte.O imperador Maxêncio convocou os eruditos. Quando souberam do motivo, ficaram decepcionados. Julgaram ser afronta à sua sabedoria, disputar com a jovem que eles qualificaram de feiticeira, atrevida e orgulhosa. O imperador prometeu-lhes presentes e honras se a convencessem de erro. Catarina, ciente do duelo intelectual que a esperava, não se perturbou.

 Recomendou-se ao Senhor dizendo:
– Senhor Jesus Cristo, que te dignaste reconfortar teus servos para que não tremessem ante às perseguições; que lhes disseste: “Quando estiverdes diante dos reis e presidentes, não vos inquieteis sobre o que haveis de responder. Eu vos darei uma sabedoria à qual vossos adversários não poderão resistir, nem vos contradizer”6 , sê presente a mim, tua serva, e dá à minha boca a palavra exata a fim de que aqueles que vieram para insultar Teu nome, não tenham força e poder contra mim, mas que, ao contrário, pela virtude de Tua palavra, seus sentidos endurecidos se abram à Tua luz e que eles rendam honra e glória ao Teu nome, Senhor, que com o Pai e o Espírito Santo, reinas sempre, pelos séculos. Amém.

 Apareceu-lhe o Arcanjo São Miguel e lhe disse:

 – Não tenhas medo, Catarina! És agradável a Deus! Continua neste caminho. Jesus Cristo, amigo verdadeiro e fiel, te recompensará pelas lutas que travas por amor a Ele. Teus adversários serão tocados pela Graça. Em breve tua provação chegará ao fim.

 Maxêncio, em seu trono, mandou que entrassem os sábios. Ordenou que Catarina se apresentasse. Grande número de alexandrinos acorreu para ouvir a disputa.

Os sábios expuseram sua doutrina em defesa da autoridade dos deuses. O auditório aplaudiu. Catarina falou da divindade eterna sem princípio, do Criador do céu e da terra e da humanidade do Verbo, para a redenção do mundo. Tal foi a força de suas razões e a evidência das afirmações, que abalou as convicções dos 50 sábios e todos confessaram a verdade do cristianismo. Muitos, dentre o povo, se converteram a Cristo. Maxêncio, vencido nos mestres de sua crença, enfurecido por ver demonstrada a falsidade dos deuses, mandou que os sábios fossem queimados vivos, em praça pública, no dia seguinte.

 A prisão

 Por ordem do tirano, Catarina foi encarcerada. No dia seguinte, Maxêncio mandou vir Catarina à sua presença. Estava apaixonado pela beleza da jovem. Procurou conquistá-la por meio de promessas e de adulações. Prometeu-lhe as honras devidas a uma deusa e dedicar-lhe um templo. A jovem insistia junto ao imperador para que deixasse de fazer tais propostas. Fiel a Jesus Cristo, dispôs-se a aceitar os sofrimentos e o martírio. O monarca enfurecido, deu ordens para que a jovem fosse flagelada. Catarina continuou condenada ao cárcere escuro, sem comer e sem beber. Maxêncio precisou viajar.

 Em sua ausência, a Imperatriz chamou o General Porfírio e contou-lhe:

– Nesta noite tive um sonho que me fez sofrer. Vi uma jovem encerrada num cárcere, rodeada de luz e de muitas pessoas vestidas de branco. A jovem se aproximou de mim e colocou-me uma coroa na cabeça dizendo: Ó imperatriz, eis a coroa que o céu te envia, em nome de Jesus Cristo, meu Deus e meu Senhor!” Peço-te, Porfírio, que me acompanhes à prisão em que se encontra Catarina.

 Porfírio já perdera a fé nos deuses e olhava com simpatia o Cristianismo. Chegaram ao cárcere às primeiras horas da noite. Estava iluminado por claridade indescritível. Rescendia suave odor. Apavorados, caíram por terra.

 - Levantai-vos! disse Catarina. Não vos assusteis! Cristo quer dar-vos a vitória.

Catarina conversou longamente com a imperatriz e o general Porfírio que aderiram a Cristo. Animou-os a se prepararem para as conseqüências, inclusive para o martírio que sua adesão a Cristo lhes traria. Porfírio comandava a primeira coorte dos guardas imperiais: 500 homens. Confirmado na fé, anunciou a seus soldados a Boa Nova de Jesus. Muitos se converteram.
Uma pomba branca trazia um alimento divino que sustentava Catarina, na prisão. No 12º dia de prisão, Cristo lhe apareceu e disse:

 – Alegra-te! Não tenhas medo! Estou contigo e não te abandonarei jamais. Muitos devem a ti a fé em meu nome!




   Martírio

 Maxêncio retornou da viagem. Convocou Catarina a comparecer no tribunal. O imperador ficou surpreso ao vê-la mais bela do que antes, apesar do jejum e da flagelação. Ordenou que os guardas fossem castigados se não revelassem quem a havia socorrido na prisão. Para defender a vida dos guardas, Catarina declarou:

 – Se estou com boa aparência é porque Aquele que eu confessei diante de ti, dignou-se alimentar Sua serva com pão celestial. Mais irritado ainda, Maxêncio acusa-a de feiticeira. Ordena que seja torturada e assassinada. A caminho do suplício, Catarina converteu a muitos que insistiam com ela para que atendesse aos desejos do imperador.

 Chursates, alto funcionário da corte, homem diabólico, veio ter com o imperador e lhe propôs condenar Catarina ao suplício da máquina com facas e pontas de ferro nas quatro grandes rodas que, ao se movimentarem em sentidos inversos umas das outras, despedaçariam o corpo colocado no meio delas. A máquina foi colocada na praça pública e Catarina foi trazida para o local. Enquanto preparavam o suplício, Catarina permaneceu tranqüila e rezou:

 – Ó Deus, Pai Todo-Poderoso, que não cessas de vir com bondade em socorro daqueles que Te invocam em seus perigos e em suas necessidades, atende-me. Peço-Te que esta máquina de tortura seja destruída a fim de que aqueles que estão aqui, tocados pelo Teu poder, glorifiquem Teu santo nome. Tu sabes que não oro por medo dos sofrimentos, pois desejo, de coração, chegar a Ti por qualquer gênero de morte, mas rezo por aqueles que, através de mim, devem crer em Ti e perseverem na confissão de Teu nome. Apenas a jovem acabara a oração, eis que um Anjo descendo do céu, num turbilhão, quebrou a máquina com tal ímpeto que os pedaços se projetaram sobre os algozes. Alguns morreram atingidos pelos pedaços das rodas e, outros, pelo raio.

 A Imperatriz foi ter com seu marido e lhe disse:
– Por que lutas contra o Senhor meu Deus? Que loucura te ergueres contra o Criador! Pensas que terás êxito? Reconhece, ao menos agora, nas rodas quebradas, o poder do Deus dos cristãos!

Muitos pagãos, vendo o sinal do céu, converteram-se a Jesus Cristo e diziam:
– Verdadeiramente, o Deus dos cristãos é muito grande. Confessamos Sua glória e somos Seus servidores, pois os teus deuses, ó imperador, são ídolos vãos e inúteis que não podem ajudar em nada aos seus adoradores e nem a eles mesmos.

Irritado ao ver que sua esposa professava a fé em Jesus Cristo ordenou aos carrascos que a levassem ao lugar do suplício para ser martirizada.

A imperatriz se encontrou com Catarina e lhe disse:
– Ó virgem de Jesus Cristo, ora por mim ao Senhor Deus por cuja glória iniciei este combate. Pede-lhe que ele confirme minha coragem, que fortaleça meu coração a fim de que, por meio do martírio, como afirmaste, obtenha aquilo que Cristo prometeu a Seus servos.
Catarina respondeu:

– Não tenhas medo, ó Rainha, amada pelo Senhor Deus, mas age com coragem, pois hoje, em troca de teu reino passageiro, receberás um reino eterno; em lugar de teu esposo mortal, farás aliança com o esposo imortal. Os sofrimentos passageiros conduzir-te-ão ao repouso eterno. Uma morte rápida, conduzir-te-á à vida que não terá fim. Hoje, em verdade, verás o dia em que se realizará teu nascimento. Encorajada, a rainha exortou os algozes a cumprirem logo as ordens do tirano. Os carrascos conduziram-na para fora da cidade. Com tenazes de ferro lhe arrancaram os seios; e, depois de cruéis tormentos, lhe deceparam a cabeça.

 Na manhã seguinte o imperador ficou sabendo que o general Porfírio e seus soldados embalsamaram e sepultaram o corpo da imperatriz. Encolerizado, ordenou que Porfírio e seus soldados fossem martirizados e decapitados. Por um edito expresso ordenou que seus corpos fossem devorados pelos cães.



 Morte Gloriosa

 Alguns dias depois, o imperador Maxêncio pediu que lhe trouxessem Catarina e lhe disse:
– Embora sejas mais culpada do que todos aqueles que, seduzidos por tua arte mágica, incorreram, por tua causa, à dura sentença de morte, todavia, se te arrependeres e ofereceres incenso às nossas divindades onipotentes, poderás reinar feliz conosco e ser nomeada a primeira em nosso reino.

Catarina desdenhou as promessas do tirano e preferiu ser fiel a Jesus Cristo.
Maxêncio ordenou que fizessem Catarina sair de sua presença e que fosse imediatamente decapitada.

Enquanto Catarina se apressava em direção ao lugar fixado para o martírio, viu a multidão que a seguia e muitos choravam. Disse-lhes:
– Se alguma piedade natural vos comove a meu respeito, peço-vos: alegrai-vos comigo, pois vejo Nosso Senhor Jesus Cristo que me chama. Ele é a soberana recompensa dos santos, a beleza e a coroa das virgens.

Pediu ao carrasco lhe desse tempo para orar:
– Ó bom Jesus, que és a alegria e a salvação de todos os que crêem em Ti, eu Te agradeço, meu Salvador, por Te haveres dignado admitir-me entre Teus servos.

Usa de misericórdia para com Tua humilde serva a fim de que todos aqueles que, em memória de meu martírio, Te louvarem e glorificarem, ou que me invocarem na hora da morte, ou em qualquer angústia, tribulação ou necessidade, sintam o poderoso efeito de Tua ajuda. Que toda peste e fome, toda doença e contágio, que a mortal violência das tempestades se afastem para longe deles. Que em seus campos e lavouras a colheita seja abundante. Que o ar, em seu clima, seja doce e salutar. Que todos os elementos lhes sejam amigos. Que eles obtenham abundância de bens corporais e espirituais.

Eis que meu combate chega ao fim, ó bom Jesus; mas, belo Senhor Deus, ordena que meu corpo, que agora será entregue à morte pelo gládio, seja guardado dos cães vorazes, pelas mãos de Teus anjos, e que ele espere em paz o dia em que se reunirá à minha alma, na companhia das virgens bem-aventuradas, no paraíso da felicidade eterna.
Catarina estendeu o pescoço e disse ao algoz:

– Eis que Nosso Senhor Jesus Cristo me chama! Faze o que tens a fazer.
O algoz, de um só golpe, decepou-lhe a cabeça.



 Veneração a Santa Catarina de Alexandria

 Segundo a tradição, os Anjos (monges) transportaram o corpo de Catarina para o mais alto pico do monte Sinai  que passou a ter seu nome.Desde os primeiros tempos do cristianismo, muitos fiéis, para fugirem das perseguições de Roma, e viverem mais unidos a Deus, no silêncio e na solidão, retiraram-se nos desertos do Sinai. Já no século III depois de Cristo encontramos monges no Sinai formando comunidades junto aos lugares santos: ao redor do monte Horeb, junto à “sarça ardente”8 , ao oásis Faran e a outros lugares, ao sul do Sinai.

Os primeiros monges sofreram privações, quer pela hostilidade da natureza, quer pelos assaltos de tribos nômades. Nada os detinha de se adentrarem nos desertos sinaíticos. Muitos deles viviam eremiticamente, nas grutas e dedicavam-se à oração. Nos dias festivos reuniam-se perto da “sarça ardente” para ouvirem o mestre espiritual e receberem a Eucaristia.A liberdade religiosa concedida pelo imperador Constantino9  propiciou o florescimento da vida monástica do Sinai.O imperador bizantino Justiniano (527 a 565) ordenou a construção do Mosteiro de Santa Catarina10  e da Igreja,11  no Monte Sinai.

A veneração a Santa Catarina teve novo impulso quando seu corpo foi descoberto no Monte Katharin, no século VIII12 . Tornou-se objeto de freqüentes visitas .Sua veneração propagou-se nas cristandades do Oriente, em toda Igreja Grega, no Ocidente, especialmente, na Igreja Latina.A Biblioteca Nacional da França possui a Vida de Santa Catarina em dois manuscritos de redação latina anteriores às Cruzadas…Catarina é um nome comum de batismo. Numerosas Igrejas e Capelas, localidades , tanto no Oriente como no Ocidente, são colocadas sob sua proteção.

Ela é honrada como padroeira da Congregação das Irmãs de Santa Catarina, dos jovens, das faculdades de filosofia das universidades, das escolas cristãs, da corporação dos moleiros (donos de moinho) e dos fabricantes de carros. É um dos quatorze santos auxiliares. Sua festa é celebrada no dia 25 de novembro.

 Oração

Senhor, nosso Deus, nas tribulações Tu nos revelas o poder de Tua misericórdia. De Ti, Santa Catarina recebeu a graça de suportar o martírio. De Ti nos venha também a força de confiar em Teu auxílio em todas as necessidades. Isto Te pedimos por Jesus Cristo. Amém.


A fama de Santa Catarina de Alexandria sobrevive na devoção crista e no nome de muitas igrejas em todas as partes do mundo.


sábado, 23 de novembro de 2013

E o Ano da Fé chega ao Fim.



Após a Jornada Mundial da Juventude Rio2013, a Arquidiocese do Rio de Janeiro reúne todo o povo carioca para a celebração da Festa da Unidade, por ocasião do encerramento do Ano da Fé, neste sábado, dia 23 de novembro, 4 meses exatos da abertura da JMJ. A data também marca o fim do ano litúrgico, o domingo de Cristo Rei, o dia do cristão leigo.

Segundo o Arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta é um importante momento da igreja. “O Papa Bento XVI convocou o Ano da fé e nos chamou a aprofundá-la”, explica. “A arquidiocese quer viver este momento celebrando em unidade, reunidos para agradecer a Deus pelo que vivemos, em especial a Jornada Mundial da Juventude, e olhar com esperança e confiança para o futuro o ano, que traz o Ano da Caridade Social”.

A programação da Jornada da Unidade conta com testemunhos, louvor, Adoração e Missa presidida por Dom Orani, além da participação de padre Reginaldo Manzotti e Missionário Shalom. O arcebispo convoca as paróquias, capelas, movimentos e novas comunidades para estarem juntos. São esperadas caravanas de todas as paróquias do Rio de Janeiro, marcando a comunhão da igreja.


O evento será realizado de 13h30 às 18h, na Catedral.

O arcebispo convoca fiéis e religiosos.



Ano litúrgico

É o período de doze meses, divididos em tempos litúrgicos, que celebram os mistérios de Cristo e a memória dos Santos. Organiza as comemorações religiosas, estabelecendo um calendário de datas. Começa no 1º Domingo do Advento (cerca de quatro semanas antes do Natal) e termina no sábado anterior a ele. Está dividido em “Tempos Litúrgicos”: Advento, Natal, Quaresma, Tríduo Pascal, Tempo Pascal, Tempo Comum.



Ano da Fé

Instalado pelo Papa Bento XVI nas comemorações da abertura do Cinquentenário do Concílio Ecumênico Vaticano II e o vigésimo ano do Catecismo da Igreja Católica, o “Ano da Fé” transcorre de 11 de outubro de 2012 a 24 de novembro de 2013. É mais uma oportunidade para que os católicos voltem um olhar mais apurado aos valores das doutrinas, revendo os Documentos do Concílio e as orientações presentes no Catecismo da Igreja Católica. É um excelente período para o conhecimento dos valores presentes no depósito da fé. A primeira vez que foi proclamado o “Ano da Fé” foi em 1967, instalado pelo Servo de Deus Papa Paulo VI, por ocasião do décimo nono aniversário do martírio dos Apóstolos Pedro e Paulo.

Ano da Caridade Social

O ano de 2014 será dedicado à reflexão sobre a responsabilidade cristã em favor da vida em toda a Arquidiocese do Rio de Janeiro. Será o Ano da Caridade Social.


Fonte: Arquidiocese do Rio de Janeiro
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