segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Feliz Ano Novo do Senhor de 2013


Amém, em Nome De Cristo Nosso Senhor e de Maria Santíssima.

Muita Paz em nossos corações.

Marcos Neri

Que nesse ano Deus nos ensine a Paz,  e que estejamos todos prontos para ouvir, Que os nossos erros não sejam o nosso fardo, Mas a experiência para decisões melhores, Que nesse ano a religião não seja razão para o ódio, e que os inocentes sejam sagrados, Que as diferenças não justifiquem problemas, Mas que mostrem soluções diferentes, Que nesse ano toda criança possa brincar, e que elas tenham brinquedos verdadeiros. 

Que seus pais não justifiquem discórdia hoje, Mas que falem dos sonhos de um futuro feliz, Que nesse ano a força seja das boas palavras, e que as palavras sejam ouvidas, Que o poder não derrube paredes sobre as pessoas, Mas que destrua barreiras entre elas, Que nesse ano as nações sejam unidas, E que a união tenha significado e seja respeitada, Que os governantes não se esqueçam que a história não eterniza a vida, frágil e passageira, Mas apenas pensamentos e ações, Que nesse ano a natureza seja mãe, E que, como filhos, tenhamos por ela o amor e o cuidado devidos.

Que este ano, sejamos mais cristãos, e que saibamos ter tolerância para com o nosso próximo.

Coragem para assumir e enfrentar as dificuldades, perseverança para que jamais desista ou desanime dos seus sonhos, esperança para que a cada novo dia possa a ver novos horizontes.  Que as mão de Deus guiem sua vida para que essa transporte em paz, harmonia, saúde e alegria é tudo que lhe desejo neste ano que está começando.  Você é especial! 


Feliz Ano Novo!

domingo, 30 de dezembro de 2012

Sagrada Família, Rogai por todas as Famílias do Brasil e do Mundo.


O projeto de Deus para a redenção de toda a humanidade tem como centro a encarnação do seu Filho como homem vivendo entre nós. Quis que seu amado Filho fosse o exemplo de tudo. Por isso ele foi acolhido no seio de uma verdadeira família. Uma humilde, boa e honrada família, ligada pela fé e os bons costumes. Ele escolheu, seus anjos agiram e a Sagrada Família foi constituída.


Deus Pai enviou Jesus com a natureza divina e a natureza humana: o Verbo encarnado, trazendo a sua redenção para todos os seres humanos. Ou seja: a salvação do ser humano somente se dá através de Jesus, quem crer e seguir terá a vida eterna no Reino de Deus.


Assim, Jesus nasceu numa verdadeira família para receber tudo o que necessitava para crescer e viver, mesmo sendo muito pobre. Teve o amor dos pais unidos pela religião, trabalhadores honrados, solidários com a comunidade, conscientes e responsáveis por sua formação escolar, cívica, religiosa e profissional. Maria, José e Jesus são o símbolo da verdadeira família idealizada pelo Criador.

A única diferença, que a tornou a "Sagrada Família", foi a sua abnegação, a aceitação e a adesão ao projeto de Deus, com a entrega plena às suas disposições. Mesmo assim, não perderam sua condição humana, imprescindível para que todas as profecias se cumprissem.


A família residiu em Nazaré até que Jesus estivesse pronto para desempenhar sua missão.

Lá, Jesus aprendeu a andar, correr, brincar, comer, rezar, cresceu, estudou, foi aprendiz e auxiliar de seu pai adotivo, José, a quem amava muito e que por ele era muito amado também. Foi um filho obediente à mãe, Maria, e demonstrou isso já bem adulto, e na presença dos apóstolos, nas bodas de Caná, quando, a pedido de Maria, operou o milagre do vinho.


Quando o Messias começou a trilhar os caminhos, aldeias e cidades, pregando o Evangelho, era reconhecido como o filho de José, o carpinteiro da Galiléia. Até ser identificado como o Filho de Deus aguardado pelo povo eleito, Jesus trabalhou como todas as pessoas fazem. Conheceu as agruras dos operários, suas dificuldades e o suor necessário para ganhar o pão de cada dia.


Essa família é o modelo de todos os tempos. É exemplar para toda a sociedade, especialmente nos dias de hoje, tão atormentada por divórcios e separações de tantos casais, com filhos desajustados e todos infelizes. A família deve ser criada no amor, na compreensão, no diálogo, com consciência de que haverá momentos difíceis e crises formais. Só a certeza e a firmeza nos propósitos da união e a fé na bênção de Deus recebida no casamento fará tudo ser superado. Pedir esse sacramento à Igreja é uma decisão de grande responsabilidade, ainda maior nos novos tempos, onde tudo é passageiro, fútil e superficial.



Esta celebração serve para que todas as famílias se lembrem da humilde Sagrada Família, que mudou o rumo da humanidade. Ela representa o gesto transcendente de Deus, que se acolheu numa família humana para ensinar o modo de ser feliz: amar o próximo como a nós mesmos. No domingo dentro da Oitava do Natal ou, se não houver, no dia 30 de dezembro, é celebrada a Festa Jesus, Maria e José -- a Sagrada Família.


FONTE: Site Paulinas Editora

VIDEOTECA CATÓLICA DESEJA A TODOS UM ANO VINDOURO DE MUITA PAZ, FELICIDADE E AMOR NOS CORAÇÕES. QUE 2013 SEJA (E SERÁ) O ANO DA FÉ.


Marcos Tadeu Neri

sábado, 29 de dezembro de 2012

Videoteca: Os Dez Mandamentos


Este é um artigo escrito por Paulo Néry, do blog FILMES ANTIGOS CLUB ARTIGOS, que teve a gentileza de permitir a publicação de um artigo de sua autoria. Como de praxe, o VIDEOTECA CATÓLICA respeita a mente individual e autoral, sempre divulgando seus autores ao fim de cada artigo caso assim for para meios de reprodução. Obrigado de

Marcos Neri


OS DEZ MANDAMENTOS DE 1923

Existem duas versões cinematográficas, ambos do mesmo diretor.

A primeira versão, na verdade, é um filme mais voltado para o tema moral do título, tanto que é dividida em duas partes: um prólogo contando brevemente a história de Moisés, aqui interpretado por Theodore Roberts (1861-1928), desde as pragas do Egito, a morte do primogênito do Faraó, até o recebimento das Tábuas da Lei, e tudo isso num espaço de uma hora de filme; e um conto moral nos então tempos modernos dos anos de 1920, década quando foi realizada esta primeira versão, uma parábola sobre o bem e o mal, personificados por dois irmãos, numa clara alusão de Caim e Abel da Bíblia.

Naturalmente, os recursos desta época não eram avançados como seriam tempos depois quando o cineasta realizaria a refilmagem em 1956, contudo não deixa de ser interessante que obras primas como esta não sejam inteiramente esquecidas.

O prólogo, que foi a única parte refeita por DeMille na versão de 1956, possivelmente é melhor que a segunda parte da película, pois funciona melhor para os espectadores modernos, uma vez que DeMille reutilizou no remake de 1956 com um enredo mais dinâmico, e recursos tecnológicos mais avançados.

A cena mais emocionante da versão de 1923 é a perseguição dos egípcios contra os hebreus após o Exôdo, liderados por Moisés (Theodore Roberts, um ator teatral americano muito respeitado nos Estados Unidos, apelidado de “O Grande Duque de Hollywood”, e foi um dos primeiros atores da trupe de Cecil B De Mille, aparecendo em 23 filmes do cineasta. Faleceu em 1928 e seu funeral foi assistido por cerca de 2.000 pessoas). Roberts faz um Moisés de aparência selvagem e virulenta, ao contrário de Charlton Heston que daria ao papel ar de veemência e virilidade, mas conseguiu convencer o público da época.

O exército comandado pelo Faraó Ramsés (o ator francês Charles de Rochefort, 1879-1952) persegue os hebreus, o que culmina com a abertura do Mar Vermelho.

Depois de definir a história de como os Dez Mandamentos veio a surgir, DeMille salta mais a frente, de início do século 20 da América para ver o poder dos mandamentos em ação. Esta história então moderna - sobre uma mãe sofredora (Edythe Chapman, 1863-1948), seu filho bom (Richard Dix, 1893-1949), seu filho rebelde (Rod La Roque, 1898-1969) e a mulher que os dois irmãos amam (Leatrice Joy, 1893-1985) – ainda resiste bem, e vale como um questionamento da aplicação real dos Dez Mandamentos no mundo moderno, onde tem como pano de fundo este tema.

A roteirista Jeanie Macpherson (1887-1948), assídua colaboradora de DeMille, começou como atriz e passou a se tornar uma das pioneiras escritoras do sexo feminino no cinema, bem como um dos 36 membros fundadores da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. A ela é a autoria do script da versão de 1923 de Os Dez Mandamentos.

No elenco, despontam ainda Estelle Taylor (1894-1958) como Miriam, a irmã de Moisés; Julia Faye (1893-1966) como a esposa do Faraó (Faye ainda participaria da versão de 1956, e era uma atriz característica nas produções de DeMille); e Nita Naldi (1895-1961), da primeira versão de Sangue e Areia com Rudolph Valentino, como a amante exótica do filho rebelde na segunda parte da história.


O DEZ MANDAMENTOS DE 1956


O nome de Cecil Blount DeMille entrou para a História como sinônimo de espetáculo no sentido literal da palavra. Há muito o cineasta sonhava em realizar o remake de Os Dez Mandamentos de maneira esplendorosa, mas para isso, precisava de ajuda dos executivos da própria Paramount, estúdio este que o próprio diretor ajudara a fundar.

Um belo dia, DeMille se dirigiu à mesa dos “cartolas” da Paramount, e disse: “Vejam bem, eu faço o que me pedem durante anos. Já trouxe boa bilheteria para esta empresa, e agora é minha vez de vocês me ajudarem. Vou fazer um novo filme sobre os Dez Mandamentos e será filmado no Egito, e não sei quanto vai custar, mas quero que me deem cada centavo a investir ou nunca mais faço um filme para este estúdio”.

Cumprido o trato por parte da Paramount, DeMille começou a por mãos na massa. Tornou-se o filme mais caro da história da empresa, custando 13,5 milhões de dólares, mas acabou se tornando o maior êxito comercial do estúdio, que faturou 43 milhões de dólares só no mercado norte-americano. Tornou-se também o mais longo filme da carreira de DeMille, 220 minutos (a versão de 1923 tinha 136 minutos), e o último de sua longa trajetória.

Rodado no Egito e em estúdios de Paris e Hollywood, as filmagens começaram em outubro de 1954 e a montagem consumiu nove meses. Só um ano foi à preparação do roteiro, escrito a seis mãos.

O filme não se baseia totalmente no Antigo Testamento. Ele se baseia principalmente em Eusébio de Cesareia e Flávio Josefo, renomados historiadores da antiguidade, e contando, mesmo que a seu modo, a vida de Moisés também em seus primeiros trinta anos. Como se trata de um filme romanceado, muitos fatos foram deturpados. O Faraó da época de Moisés não recebe nome na Bíblia, muito embora se acredite, segundo alguns historiadores, que foi de fato, Ramsés II; As crianças hebreias do sexo masculino, na época em que Moisés era recém-nascido, foram atiradas ao Rio Nilo, não mortas à espada (talvez DeMille quisesse fazer uma alusão ao nascimento de Jesus e ao massacre dos inocentes de Belém); Moisés conheceu diretamente Deus no Monte Horeb, não no Sinai.


DeMille optou por contar em 4 horas de duração, e como sempre, com um prólogo de sua apresentação, a saga de Moisés de uma forma épica e romanceada (e com uma pitada de sensualismo, muito de praxe do diretor, que gostava de unir um pouco do “sacro e profano”).



A história se inicia quando o Faraó Ramsés I (Ian Keith, outro ator da trupe de DeMille, 1899-1960), ordena a matança dos meninos recém-nascidos para evitar o nascimento de um libertador. Uma mulher, Yochabel (Martha Scott, 1912-2003) salva seu filho que é adotado pela irmã do faraó, Bitiah (Nina Foch, 1924-2008), e cresce como herdeiro do trono.



Torna-se este menino, Moisés (Charlton Heston), braço-direito de Sethi (Cedric Hardwicke, 1893-1964), enciumando o filho legítimo deste, Ramsés (Yul Brynner, 1915-1985, em um desempenho fantástico). Descoberta sua origem hebraica graças as conspirações de Ramsés, Moisés é banido da corte. Casa-se com Séphora (Yvonne De Carlo, 1922-2007), filha do pastor Jethro (Eduard Franz, 1902-1983). Anos depois, Moisés recebe do Sinai a missão divina de voltar ao Egito e libertar o povo hebreu da escravidão.



A primeira escolha para interpretar Moisés na segunda versão de DeMille foi o astro cowboy William Boyd (1895-1972), velho amigo do diretor e famoso por ser o destemido herói cowboy Hopalong Cassidy em dezenas de faroestes B das décadas de 1930 a 1950, entretanto ele recusou. Logo, veio a idéia de DeMille escolher um jovem e promissor ator com quem trabalhara dois anos antes, em um outro espetáculo que rendeu a ele não somente boa bilheteria, mas também o Oscar de melhor filme de 1952: O Maior Espetáculo da Terra (The Greatest Show on Earth). Este jovem era Charlton Heston, no esplendor de sua forma física aos 30 anos, casado e com um filho (que fez participação no filme como sendo o "bebê Moisés" e que se tornaria o diretor Fraser Clark Heston) e o mais importante- Heston já era um contratado da Paramount.

DeMille visitou o Vaticano para algumas pesquisas e avistou a famosa estátua de Moisés, de autoria de Michelangelo. Ele viu uma ligeira semelhança entre a famosa escultura renascentista com a fisionomia do ator Charlton Heston, e de fato, chega a ser verdadeiramente impressionante, e mais ainda: Heston não contava que, no futuro, desempenharia o grande artista da Renascença, no filme Agônia e Êxtase, de Carol Reed, em 1965. O papel de Moisés impulsionou Heston como grande nome associado aos épicos, consagrando-se em Ben-Hur, em 1959, dirigido por William Wyler, e El-Cid, de 1961, dirigido por Anthony Mann.


Inicialmente, o responsável pela trilha sonora de Os Dez Mandamentos seria Victor Young (1899-1956), que trabalhava com Cecil B. DeMille desde 1940, e para ele, compôs a bela trilha de Sansão e Dalila, em 1949. Entretanto, Young não pôde aceitar o convite para este novo trabalho, devido a motivos de saúde (pouco tempo depois, ele morreria por problemas de um acidente vascular cerebral), o que abriu espaço para a contratação do jovem Elmer Bernstein (1922-2004), que ficaria célebre em muitas outras composições para a Sétima Arte.


As filmagens fizeram consumir muito a saúde de DeMille, que sofreu um ataque cardíaco durante a produção. O diretor ficou alguns dias afastados dos sets, mas logo retornou ao trabalho, contrariando as ordens dos médicos. Para criar no filme o efeito da tempestade de areia no deserto, DeMille pediu emprestado à Força Aérea Egípcia uma máquina especial, destinada a criar ventanias.

Apesar de todas as excentricidades, DeMille era generoso com colegas e amigos de profissão, e chamou muitos deles para participar da refilmagem de seu filme, como a atriz Julia Faye, que participou na primeira versão em um papel desempenhado por Anne Baxter (1923-1985) aqui na segunda – como também o ator H.B.Warner (1876-1958- foto), que participa aqui em seu último filme. Warner interpreta um senhor de idade que pede para morrer, durante a sequência do êxodo dos hebreus pelo deserto. Ele foi o Cristo de O Rei dos Reis (The King of Kings), obra do cineasta realizada em 1926.


O Remake arrastou multidões aos cinemas em todos os cantos da Terra e marcou para sempre a filmografia de DeMille, e é espetacular até hoje a cena da abertura das águas do Mar Vermelho para dar passagem aos hebreus.


Elenco all-star em que despontam ainda Edward G. Robinson (1893-1973) como o renegado Dathan; Vincent Price (1911-1993) como Baka, que é morto por Moisés; Anne Baxter (1923-1985), bastante sensual como Nefretiri, esposa do Faraó Ramsés II (Brynner) mas apaixonada por Moisés. Detalhe interessante que na primeira versão (interpretada por Julia Faye), não havia um nome para ela, chamando-a assim como a “esposa do Faraó”, e outro detalhe importante que o nome da mesma personagem, que seria Nefretiti (que é o nome correto no ponto histórico), foi mudado por DeMille para Nefretiri, pois o final “titi” em inglês que dizer “tetas”, e o cineasta ficou com receio de gozações do nome tendo em vista que fazia um filme sério e religioso; o canastrão boa pinta John Derek (1924-1989), no papel de Josué, amigo e guarda-costas de Moisés; a bela Debra Paget, como Liliam, esposa de Josué; A Dama do Teatro americano Judith Anderson (1897- 1972), como Memnet; John Carradine (1906-1988) como o irmão de Moisés, Aaron; Douglass Drumbille (1889-1974) como o sacerdote egípcio Jannes; e Olive Deering (1918-1986) no papel de Miriam, irmã de Moisés. Detalhes para as participações de Woody Strode, Robert Vaughn, e Clint Walker.

A Segunda versão de Os Dez Mandamentos rendeu um Oscar de efeitos especiais e marcou para sempre a longa e vasta filmografia de um dos maiores gênios da Sétima Arte, que inventou o “cinema-espetáculo”, que foi Cecil Blount DeMille, que ainda queria trabalhar em mais uma refilmagem de um de seus grandes clássicos, Lafite, o Corsário sem Pátria (the buccaneer), de 1938 e que foi estrelado por Fredrc March, mas encarregou seu genro Anthony Quinn para dirigir, embora DeMille foi o supervisor e produtor executivo, pois os problemas de saúde vieram ainda mais a agravar o cineasta, que já contava com 77 anos de idade.

Apenas um mês depois do lançamento (que foi em dezembro de 1958) de mais um remake do diretor (Dirigido por Quinn), que tinha Yul Brynner no papel principal, Charles Boyer, e Charlton Heston numa participação especial como Andrew Jackson, Cecil B. DeMille morreu em 21 de janeiro de 1959, entrando assim definitivamente para a História da Cinematografia Mundial.


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sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Os Santos Inocentes.


A festa de hoje, instituída pelo Papa São Pio V, ajuda-nos a viver com profundidade este tempo da Oitava do Natal. Esta festa encontra o seu fundamento nas Sagradas Escrituras. Quando os Magos chegaram a Belém, guiados por uma estrela misteriosa, “encontraram o Menino com Maria e, prostrando-se, adoraram-No e, abrindo os seus tesouros, ofereceram-Lhe presentes – ouro, incenso e mirra.



E, tendo recebido aviso em sonhos para não tornarem a Herodes, voltaram por outro caminho para a sua terra. Tendo eles partido, eis que um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse-lhe: ‘Levanta-te, toma o Menino e sua mãe e foge para o Egito, e fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o Menino para o matar’. E ele, levantando-se de noite, tomou o Menino e sua mãe, e retirou-se para o Egito. E lá esteve até à morte de Herodes, cumprindo-se deste modo o que tinha sido dito pelo Senhor por meio do profeta, que disse: ‘Do Egito chamarei o meu filho’.



Então Herodes, vendo que tinha sido enganado pelos Magos, irou-se em extremo e mandou matar todos os meninos que havia em Belém e arredores, de dois anos para baixo, segundo a data que tinha averiguado dos Magos. Então se cumpriu o que estava predito pelo profeta Jeremias: ‘Uma voz se ouviu em Ramá, grandes prantos e lamentações: Raquel chorando os seus filhos, sem admitir consolação, porque já não existem’” (Mt 2,11-20) Quanto ao número de assassinados, os Gregos e o jesuíta Salmerón (1612) diziam ter sido 14.000; os Sírios 64.000; o martirológio de Haguenau (Baixo Reno) 144.000. Calcula-se hoje que terão sido cerca de vinte ao todo. Foram muitas as Igrejas que pretenderam possuir relíquias deles.



Na Idade Média, nos bispados que possuíam escola de meninos de coro, a festa dos Inocentes ficou sendo a destes. Começava nas vésperas de 27 de dezembro e acabava no dia seguinte. Tendo escolhido entre si um “bispo”, estes pequenos cantores apoderavam-se das estolas dos cônegos e cantavam em vez deles. A este bispo improvisado competia presidir aos ofícios, entoar o Inviatório e o Te Deum e desempenhar outras funções que a liturgia reserva aos prelados maiores. Só lhes era retirado o báculo pastoral ao entoar-se o versículo do Magnificat: Derrubou os poderosos do trono, no fim das segundas vésperas. Depois, o “derrubado” oferecia um banquete aos colegas, a expensas do cabido, e voltava com eles para os seus bancos. Esta extravagante cerimônia também esteve em uso em Portugal, principalmente nas comunidades religiosas.


A festa de hoje também é um convite a refletirmos sobre a situação atual desses milhões de “pequenos inocentes”: crianças vítimas do descaso, do aborto, da fome e da violência. Rezemos neste dia por elas e pelas nossas autoridades, para que se empenhem cada vez mais no cuidado e no amor às nossas crianças, pois delas é o Reino dos Céus. Por estes pequeninos, sobretudo, é que nós cristãos aspiramos a um mundo mais justo e solidário.


Perfil
As crianças, foram assassinados por Herodes, o Grande, quando ele tentou matar o menino Jesus.
Quando Herodes percebeu que tinha sido enganado pelos magos, ficou furioso.  Ele ordenou o massacre de todos os meninos de Belém e seus arredores de dois anos para baixo, de acordo com o tempo que ele tinha indagado os magos.  Então se cumpriu o que havia sido dito pelo profeta Jeremias: “Uma voz se ouviu em Ramá, choro e grande lamento: Raquel chorando por seus filhos, e ela não iría ser consolada, pois não existiam mais.” – Mateus 2:16 -18


Interpretação
A criancinha nasceu, que é um grande rei.  Sábios são levados à ele de longe. Eles vêm para adorar aquele que reside em uma manjedoura e ainda reina no céu e na terra. Quando dizem que nasce um rei, Herodes é perturbado. Para salvar seu reino, ele resolve matá-lo, mas se ele tivesse fé na criança, ele mesmo reinaria em paz nesta vida e para sempre na vida futura.

Por que você está com medo, Herodes, quando ouve sosre o nascimento de um rei?  Ele não vem para levá-lo para fora, mas para conquistar o diabo.  Mas porque você não entende isso, está perturbado e com raiva.  Para destruir a criança que você procura, mostra sua crueldade na morte de tantas outras.
Você não está restringido pelo amor de pais e mães chorando de luto pela morte de seus filhos, nem pelos gritos e choro das crianças. Você destrói aqueles que são minúsculos no corpo porque o medo está destruindo seu coração. Você imagina que se realizar seu desejo, pode prolongar sua própria vida, embora esteja procurando matar a si próprio.


Os filhos morrem por Cristo, embora não sabem disso. Os pais choram pela morte dos mártires. A menino Jesus faz dos que ainda não conseguem falar, serem testemunhas de si mesmo. Mas você, Herodes, não sabe disso e está perturbadoa e furioso. Enquanto descarrega sua fúria contra a criança, já está pagando-lhe homenagem, e não sabe disso.

Que mérito essas crianças devem ter neste tipo de vitória? Elas não podem falar, mas dão testemunho de Cristo. Elas não podem usar seus membros para participar na batalha, mas já levantam a palma da vitória.

- Trecho de um sermão do bispo de Saint Quodvultdeus sobre o Santos Inocentes.
Tradução: Eliana Lara Delfino

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