segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

O Verdadeiro (e ÚNICO) Sentido do Natal.


Meus olhos viram a Tua Salvação – O verdadeiro sentido do Natal”
Dom Benedicto de Ulhôa Vieira

Aproxima-se a festa do Natal. Para os que têm fé, Natal é a chegada feliz de Deus que vem a nosso encontro para nos fazer irmãos e nos ensinar os caminhos do bem. Veio na frieza da noite para acender em nós o fogo do amor e nos fazer irmãos. Veio pobre para nos dar a riqueza de Deus. Os anjos iluminaram a noite e trouxeram a mensagem do céu: “Nasceu hoje para vós o Salvador” (Lc 2, 10). Isto era o Natal…




Infelizmente hoje o Natal é festa comercial: vende-se muito e desperta-se a necessidade de comprar. A festa atual é do comércio. Perdeu-se o clima da reunião da família, em que as crianças se alegravam com seus pequenos presentes: bolas, bonecas, carrinhos. Tudo simples e familiar, recordando a chegada de Deus-Menino nos braços de Maria.


Entre as cenas tão lindas da chegada de Jesus, de que São Lucas nos dá noticia, uma tem especial sentido para as pessoas idosas. A lei mosaica determinava que o primogênito recém-nascido fosse levado ao templo de Jerusalém para ser resgatado por um casal de pombos. José e Maria levaram o Menino ao templo, cumprindo o preceito da lei antiga.


Ali, no momento da oferta, estava providencialmente presente um ancião a quem Deus prometera que haveria de contemplar, na altura de seus vividos anos, o esperado Salvador da humanidade. Por isto tomou nos braços cansados o Menino de quarenta dias e louvou a Deus por terem seus olhos tido a alegria de contemplar o rosto d’Aquele que era esperado já há séculos.

Sob a brancura dos cabelos, olhos úmidos de alegria incontida, os braços se erguem com a Criança e dos lábios brota o hino de ação de graças: “Agora podes deixar partir este teu servo porque meus olhos já cansados puderam contemplar nesta Criança a salvação que vem de Deus”.


É assim que se espera o Natal e assim que se celebra esta festa. É no encontro com o Salvador que sentimos a felicidade de nossa vida. Natal é festa de amor para todos: para os velhos cansados da vida, há um reconforto de esperança; para os adultos, a certeza da presença de Deus que veio para ficar conosco; para os jovens, uma ocasião para escolher certo o rumo de seus passos; para os que ainda vão nascer a alegria de ter Deus bem perto de suas vidas inocentes.
Restabelecer pois a verdade do Natal. Na azáfama das compras, não perder o sentido real da festa da chegada de Deus entre nós. Moços e velhos, crianças e adultos, temos de preparar-nos para este encontro de salvação, de alegria e de graça com o Menino que nos foi dado na noite de Belém.

Fonte: Blog Doutrina Católica

Fazer compras, visitar o papai Noel no shopping e se der tempo comparecer à missa do Galo. Pode parecer estranho, mas, essa é a realidade que muitos chamam de época de Natal. Mas, será que o Natal pressupõe consumismo desenfreado? Seria verdade que a época de Natal não tem outro significado a não ser se fartar de comidas e de presentes? A resposta, é claro, é negativa.
O Natal tem um propósito religioso que vai muito além do que a sociedade prega hoje. Viver o dia de Natal é comemorar o milagre do nascimento de Jesus Cristo e fazer despertar em todos nós a esperança em nosso Deus.


O Natal dos cristãos católicos

Sabemos que os católicos alimentam a crença de que Jesus veio na condição de filho de Deus, assumindo a forma humana para que pudéssemos crer na salvação. Dessa maneira, o Natal para os católicos é a celebração dessa vinda de Jesus ao mundo terreno, que tanto nos ensinou.
Na Bíblia Sagrada, podemos encontrar uma passagem no Evangelho segundo São Matheus, que descreve o nascimento de Jesus:

Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, ela se achou ter concebido do Espírito Santo.

E como José, seu esposo, era justo, e não a queria infamar, intentou deixá-la secretamente.
E, projetando ele isso, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, pois o que nela se gerou é do Espírito Santo;
ela dará à luz um filho, a quem chamarás JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.


Ora, tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que fora dito da parte do Senhor pelo profeta:
Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, o qual será chamado EMANUEL, que traduzido é: Deus conosco.E José, tendo despertado do sono, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu sua mulher;e não a conheceu enquanto ela não deu à luz um filho; e pôs-lhe o nome de JESUS.”(MT, 2: 18-25)

Além das tradições de fé na época de Natal, tais como a celebração do Advento, a montagem do Presépio e as missas especiais, os católicos também devem observar que a época de natalina é propícia para meditações e silêncios que o tragam a uma vida nova e plena.
Segundo Papa Bento XVI, o cristão católico deve perceber que a época do Natal é tempo de festejar e celebrar o nascimento do filho único, mas é também a época em que devemos nos silenciar e fortificarmos ainda mais nossa fé.


O cardeal arcebispo de Aparecida e presidente da CNBB, Dom Raymundo Damasceno de Assis, também destacou recentemente em um pronunciamento essa importância de entender o verdadeiro significado do que o Natal deve ser para o cristão “lembrança viva que o Filho de Deus assumiu a condição humana e veio habitar entre nós, para trazer a Salvação a todos. Somente em Jesus encontramos a verdadeira alegria e experimentamos o amor infinito de Deus por nós. “Tanto Deus amou o mundo que lhe deu seu Filho Único” (Jo 3,16). Deveria ser oportunidade de conversão para uma vida nova. Tempo de praticar mais a solidariedade e o amor ao próximo”, destacou.

Acreditar no Natal

Acreditar e viver o verdadeiro sentido do Natal talvez seja que falte e todos os cristãos e pagãos atualmente. Mostrar aos filhos que o Natal não é somente época de ganhar presentes e montar árvores e enfeites, para que se celebre é necessário saber o motivo dessa festa e o motivo da festa é o nascimento de Jesus. Assim, o Natal é uma época em que devemos fortificar nossa fé e admirar a força de Jesus, a coragem de Maria, a lealdade de José e o milagre de Deus.

Aline Rodrigues Imercio
Fontes: CNBB.com.br

Catolicismoromano.com.br

FELIZ NATAL!!!

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Festa de Nossa Senhora de Guadalupe


12 do dezembro

Um sábado de 1531 a princípios de dezembro, um índio chamado Juan Diego, ia muito de madrugada do povo em que residia à cidade do México a assistir a suas aulas de catecismo e para ouvir a Santa Missa. Ao chegar junto à colina chamada Tepeyac amanhecia e escutou uma voz que o chamava por seu nome.

Ele subiu ao cume e viu uma Senhora de sobre-humana beleza, cujo vestido era brilhante como o sol, a qual com palavras muito amáveis e atentas lhe disse: "Juanito: o menor de meus filhos, eu sou a sempre Virgem Maria, Mãe do verdadeiro Deus, por quem se vive. Desejo vivamente que me construa aqui um templo, para nele mostrar e prodigalizar todo meu amor, compaixão, auxílio e defesa a todos os moradores desta terra e a todos os que me invoquem e em Mim confiem. Vá ao Senhor Bispo e lhe diga que desejo um templo neste plano. Anda e ponha nisso todo seu esforço".


Retornou a seu povo Juan Diego se encontrou de novo com a Virgem Maria e lhe explicou o ocorrido. A Virgem lhe pediu que ao dia seguinte fora novamente falar com o bispo e lhe repetisse a mensagem. Esta vez o bispo, logo depois de ouvir Juan Diego disse que devia ir e lhe dizer à Senhora que lhe desse alguma sinal que provasse que era a Mãe de Deus e que era sua vontade que lhe construíra um templo.

De volta, Juan Diego achou Maria e lhe narrou os fatos. A Virgem lhe mandou que voltasse para dia seguinte ao mesmo lugar, pois ali lhe daria o sinal. Ao dia seguinte Juan Diego não pôde voltar para colina, pois seu tio Juan Bernardino estava muito doente. A madrugada de 12 de dezembro Juan Diego partiu a toda pressa para conseguir um sacerdote a seu tio, pois se estava morrendo. Ao chegar ao lugar por onde devia encontrar-se com a Senhora preferiu tomar outro caminho para evitá-la. de repente Maria saiu a seu encontro e lhe perguntou aonde ia. O índio envergonhado lhe explicou o que ocorria. A Virgem disse a Juan Diego que não se preocupasse, que seu tio não morreria e que já estava são. Então o índio lhe pediu o sinal que devia levar a bispo. Maria lhe disse que subisse ao cume da colina onde achou rosas de Castela frescas e colocando-as no poncho, cortou quantas pôde e as levou a bispo.


Uma vez diante de Dom Zumárraga Juan Diego desdobrou sua manta, caíram ao chão as rosas e no poncho estava pintada com o que hoje se conhece como a imagem da Virgem de Guadalupe. Vendo isto, o bispo levou a imagem Santa à Igreja Maior e edificou uma ermida no lugar que tinha famoso o índio.

Pio X a proclamou como "Padroeira de toda a América Latina", Pio XI de todas as "Américas", Pio XII a chamou "Imperatriz das Américas" e João XXIII "A Missionária Celeste do Novo Mundo" e "a Mãe das Américas".

A imagem da Virgem de Guadalupe se venera no México com maior devoção, e os milagres obtidos pelos que rezam à Virgem de Guadalupe são extraordinários.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Alerta Importante para todos os Cristãos, Católicos e Evangélicos.


NESTA quarta-feira (11/12/2013) está prevista a votação de dois Projetos que poderão ter enorme impacto sobre a família brasileira e sobre as instituições de ensino católicas: o PL 122 e o PNE (Projeto Nacional de Educação, para os próximos 10 anos). O PL 122 irá criminalizar a simples manifestação a favor dos valores tradicionais da moralidade e da família. Embora o texto atual tenha retirado o termo “homofobia”, ele introduz o conceito de “identidade de gênero”, uma hábil manobra ideológica. Em outras palavras, muda o nome e permanece a mesmíssima ideia.

Não existem mais do que dois gêneros para pessoas humanas. Existem homens e mulheres, ou seja, sexo masculino e feminino. O uso da palavra "gênero" para pessoas é uma tentativa de mudar a aceitação popular, para passar a definir o ser humano como heterossexual, homossexual, bissexual, transexual, etc.

Já o PLC 103/2012 trata do Plano Nacional de Educação (PNE), no qual se pretende inserir a ideologia de gênero nos programas e ementários de todas as escolas do Brasil pelos próximos 10 anos. O Senador Álvaro Dias (PR) acatou o pedido de retificação deste Projeto de Lei para alteração dos termos relativos à ideologia de gênero.


O que ainda pode ser feito?

1) Apoiar o texto do PNE do Senador Álvaro Dias, que mudou o texto original do governo, e quando fizer contato com os senadores pedir a remoção total os termos “orientação sexual” e “gênero” do PLC 103/2012, que trata do PNE (Plano Nacional de Educação).

2) Telefonar e enviar e-mails para os senadores abaixo listados, que votarão o PL 122, para que REJEITEM totalmente este Projeto, pois o Brasil não precisa dele e não o quer.

3) Encaminhar e-mail às escolas católicas e aos pais de sua lista de contatos e divulgar este fato nas redes sociais e de todas as maneiras possíveis.

Deus nos abençoe nessa luta! Que consigamos livrar nossa pátria e nosso filhos da influência maligna do comunismo e do marxismo cultural que assola o nosso país.

Por Juliano A. R. P. (leitor Fiel Católico)


ASSISTA A ESTE VÍDEO DO PADRE PAULO RICARDO


Lista dos senadores votantes:

EDUARDO LOPES (PRB-RJ)
TELEFONE: (61) 3303-5730
(61) 3303-2211 - eduardo.lopes@senador.leg.br

GIM ARGELO (PTB-DF)
TELEFONE: (61) 3303-1161/3303-1547
(61) 3303-1650 - gim.argello@senador.leg.br

JOÃO CAPIBERIBE (PSB-AP)
TELEFONE: (61) 3303-9011/3303-9014
(61) 3303-9019 - capi@senador.leg.br

JOÃO DURVAL (PDT-BA)
TELEFONE: (61) 3303-3173
(61) 3303-2862 - joaodurval@senador.leg.br

JOÃO VICENTE CLAUDINO (PTB-PI)
TELEFONE: (61) 3303-2415/4847/3055
(61) 3303-2967 - j.v.claudino@senador.leg.br

LÍDICE DA MATA (PSB-BA)
TELEFONE: (61) 3303-6408/ 3303-6417
(61) 3303-6414 - lidice.mata@senadora.leg.br

MAGNO MALTA (PR-ES)
TELEFONE: (61) 3303-4161/5867
(61) 3303-1656 - magnomal ta@senador.leg.br___

OSVALDO SOBRINHO (PTB-MT)
TELEFONE: (61)
3303-1146/3303-1148/3303-4061
(61) 3303-2973 - osvaldo.sobrinho@senador.leg.br

PAULO DAVIM (PV-RN)
TELEFONE: (61) 3303-2371 / 2372 / 2377
(61) 3303-1813 - paulodavim@senador.leg.br

PAULO PAIM (PT-RS)
TELEFONE: (61) 3303-5227/5232
(61) 3303-5235 - paulopaim@senador.leg.br

RICARDO FERRAÇO (PMDB-ES)
TELEFONE: (61) 3303-6590
(61) 3303-6592 - ricardoferraco@senador.leg.br

ROBERTO REQUIÃO (PMDB-PR)
TELEFONE: (61) 3303-6623/6624
(61) 3303-6628 - roberto.requiao@senador.leg.br

SÉRGIO PETECÃO (PSD-AC)
TELEFONE: (61) 3303-6706 a 6713
(61) 3303.6714 - sergiopetecao@senador.leg.br_

SÉRGIO SOUZA (PMDB-PR)
TELEFONE: (61) 3303-6271/ 6261
(61) 3303-6273 - sergiosouza@senado.leg.br

WILDER MORAIS (DEM-GO)
TELEFONE: (61)3303 2092 a (61)3303 2099
(61) 3303 2964 - wilder.morais@senador.leg.br

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Santa Catarina de Alexandria.


Nascimento

 O rei Costus, da Cilícia, casou-se com Sabinela, mulher prudente e sábia, filha de um príncipe dos Samaritanos, que deu a Costus, como dote, terras do Egito, na região de Alexandria . Deste casamento nasceu Catarina, pelos fins do século III.



 Conversão

Costus faleceu.Sabinela e Catarina foram residir na região da Montanha Negra, na Cilícia. Ali Sabinela conheceu o eremita Ananias que lhe revelou o Deus verdadeiro e a instruiu na fé. Sabinela aderiu a Jesus Cristo e recebeu o Batismo. Insistia com sua filha para que também ela se fizesse discípula de Cristo. Catarina resistia; defendia o paganismo e refutava todos os argumentos apresentados pela mãe, em favor de Jesus Cristo.

 Catarina estava em idade de contrair matrimônio. A mãe exortava-a para que recebesse um esposo. Os grandes do reino, do qual Catarina era herdeira, lhe pediam o mesmo, para que o reino não perecesse pela rebelião dos ambiciosos. Príncipes de diversas regiões ouviam falar de sua sabedoria e beleza e desejavam casar-se com ela. Catarina primava nas ciências profanas e respondia à mãe e aos pretendentes:

 – Encontrai-me um esposo que seja sábio, belo e nobre; em uma palavra, da mesma condição que eu, e, por amor a vós, estou pronta a recebê-lo por marido.

 Tal resposta entristecia a mãe e os príncipes. Sabinela acorria à ermida de Ananias e lhe pedia que orasse em favor de sua filha.


 O sonho revelador

 Certa noite, Catarina e Sabinela tiveram sonhos idênticos: uma senhora de extrema beleza, rodeada de príncipes, aproximou-se de Catarina e lhe disse:

– Todos estes são reis submissos a meu Filho, o Imperador da Glória. Se queres, escolhe para esposo o que mais te agrada. Catarina não quis nenhum deles. Apareceu, então, o Imperador da Glória, rodeado de uma multidão de seres celestes. A senhora perguntou:
– Queres este, para teu esposo?

Com grande fervor, Catarina disse sim, fosse ele quem fosse, e a nenhum outro.
Sabinela reprovou-a:

– Como ousas pedir para teu esposo aquele que tem tantos reis a seus pés? Que te baste um de seus príncipes, pois todos são poderosos.

A filha respondeu:
– Não me repreendais se desejo este. Não vejo aqui nenhum outro que me seja superior em tudo, a não ser ele. Implorai à sua Mãe, a fim de que lhe fira o coração para que me aceite por esposa. Se não, jamais me casarei. Sabinela dirigiu-se à Senhora e lhe ofereceu a filha para esposa do Imperador da Glória.

A senhora disse a seu Filho:
– Quereis esta jovem para vossa esposa?

Ele lhe respondeu:

– Não. Afastai-a. Não posso desposar uma idólatra. Se ela se batizar, prometo aceitá-la por esposa, dando-lhe um anel como sinal de aliança.
 Quando acordaram, Sabinela e Catarina relataram uma à outra o sonho. Parecia-lhes ser revelador.



 Esposa do Imperador da Glória

 Catarina e Sabinela procuraram o eremita Ananias. Contaram-lhe o sonho. Esclarecido por Deus, o eremita lhes disse que a senhora é Maria, a Mãe de Deus; o Imperador da Glória é Jesus Cristo; os príncipes são os Patriarcas, os Profetas, os Apóstolos e os Santos; os seres celestes são os Anjos. Acrescentou, ainda, que se Catarina quisesse o Imperador da Glória por esposo, seria necessário que se fizesse cristã.

 O eremita a instruiu. Chorando e com fervor, recebeu o batismo. Catarina não conseguia esquecer o sonho. Desejava Cristo para seu esposo. Certo dia, rezando em seu quarto, o Senhor lhe apareceu. Em sinal de que a aceitava por esposa, colocou-lhe um anel verdadeiro no dedo e prometeu fazer por ela grandes coisas. E desapareceu. Catarina compreendeu que era uma visão espiritual. A Caridade Divina a abrasava e a envolvia por respeitosa ternura para com o Senhor Jesus, seu esposo. Ele a cumulava de graças. Catarina passou a dedicar seu tempo à contemplação, à oração, à leitura e meditação da Sagrada Escritura, especialmente dos textos dos Evangelhos. Costumava exclamar: – Ó pecadora, como perdi meu tempo nas trevas dos livros profanos!

 – Catarina, eis o Evangelho de teu esposo! Põe teu coração a estudá-lo cuidadosamente, a fim de que possas chegar à luz da Verdade.  

 Em Alexandria

Os grandes do reino pediam a Catarina que se casasse. Catarina respondeu:

– Sou esposa do Rei Altíssimo, o Salvador do mundo. Eis o anel pelo qual o Senhor Jesus me declarou sua esposa.

Os príncipes continuaram a insistir. Catarina, querendo servir unicamente a Deus, pediu à mãe para retornarem à Alexandria, ao patrimônio que lhe pertencia por herança. Confiaram o reino a um governador e partiram. Sabinela sentia-se feliz com as boas disposições da filha. Mas, por esse tempo, Sabinela morreu em paz. Catarina, em Alexandria, administrava cuidadosamente seus bens e cuidava dos servos. Distribuía víveres e vestimentas entre eles. Da abundância da fortuna de seu pai ela fazia esmolas aos pobres. Os príncipes da Cilícia ficaram desapontados. Acusaram Catarina de cristã, ao Imperador Maxêncio, que deu ouvidos aos mensageiros dos príncipes. Determinou que Catarina fosse vigiada secretamente. Em breve, ele mesmo iria a Alexandria. Ficou sabendo que a jovem era sobrinha de seu primo Constantino, seu inimigo mortal, que o expulsara de Roma.


Perseguições

 Estamos por volta do ano 307. Diocleciano e Maximiano haviam favorecido a idolatria e perseguido a Igreja. Maxêncio, filho de Maximiano, quis incrementar o poder da idolatria. Ordenou que a Igreja de Cristo fosse perseguida e arrasada. Para melhor identificar os cristãos, organizou pomposa festa. No dia determinado, Maxêncio, ao som de trombetas, fez convocar os habitantes de Alexandria a se reunirem no templo dos deuses, a fim de oferecerem sacrifícios segundo as posses: os ricos, touros e carneiros; os pobres imolariam pássaros.

Por toda cidade ouvia-se a voz dos animais que eram sacrificados. O sangue das vítimas escorria pelo chão.

 Catarina, ao ouvir o som das trombetas, os gritos dos animais e todo o alarido que se fazia no templo dos ídolos, enviou mensageiros para se informar sobre os acontecimentos. Ciente do que era, dirigiu-se ao templo. Encontrou cristãos a chorar, a gemer e a se queixar. Por medo da morte, viram-se constrangidos a participar dos sacrifícios aos ídolos. A jovem Catarina, tocada de dor e de zelo, enfrentou o olhar do imperador.

 Reprovou-o pela ingratidão para com Deus que o investira de poder; e ele, em vez de reconhecer o seu Criador, sacrificava aos ídolos, inventados pelos homens, e lhes rendia as homenagens devidas ao Deus verdadeiro.

– Além do mais, Deus não se alegra com o sacrifício de animais. O que Deus quer de seus filhos é a fé, a prática da justiça e da misericórdia.

Enquanto a jovem falava, o imperador fixou-lhe o olhar. Considerava a beleza irradiante do semblante da virgem, a coragem e a força de seus argumentos. Quando ela terminou de falar, ele procurou refutar suas afirmações… apoiando-se na tradição dos antepassados,… Maxêncio, vendo que não podia vencê-la na sabedoria, convidou-a a residir em seu palácio e submeter-se às suas ordens.




 Corajosa e sábia

 Maxêncio, vencido nos mestres de sua crença, enfurecido por ver demonstrada a falsidade dos deuses, mandou que os sábios fossem queimados vivos, em praça pública, no dia seguinte.O imperador Maxêncio convocou os eruditos. Quando souberam do motivo, ficaram decepcionados. Julgaram ser afronta à sua sabedoria, disputar com a jovem que eles qualificaram de feiticeira, atrevida e orgulhosa. O imperador prometeu-lhes presentes e honras se a convencessem de erro. Catarina, ciente do duelo intelectual que a esperava, não se perturbou.

 Recomendou-se ao Senhor dizendo:
– Senhor Jesus Cristo, que te dignaste reconfortar teus servos para que não tremessem ante às perseguições; que lhes disseste: “Quando estiverdes diante dos reis e presidentes, não vos inquieteis sobre o que haveis de responder. Eu vos darei uma sabedoria à qual vossos adversários não poderão resistir, nem vos contradizer”6 , sê presente a mim, tua serva, e dá à minha boca a palavra exata a fim de que aqueles que vieram para insultar Teu nome, não tenham força e poder contra mim, mas que, ao contrário, pela virtude de Tua palavra, seus sentidos endurecidos se abram à Tua luz e que eles rendam honra e glória ao Teu nome, Senhor, que com o Pai e o Espírito Santo, reinas sempre, pelos séculos. Amém.

 Apareceu-lhe o Arcanjo São Miguel e lhe disse:

 – Não tenhas medo, Catarina! És agradável a Deus! Continua neste caminho. Jesus Cristo, amigo verdadeiro e fiel, te recompensará pelas lutas que travas por amor a Ele. Teus adversários serão tocados pela Graça. Em breve tua provação chegará ao fim.

 Maxêncio, em seu trono, mandou que entrassem os sábios. Ordenou que Catarina se apresentasse. Grande número de alexandrinos acorreu para ouvir a disputa.

Os sábios expuseram sua doutrina em defesa da autoridade dos deuses. O auditório aplaudiu. Catarina falou da divindade eterna sem princípio, do Criador do céu e da terra e da humanidade do Verbo, para a redenção do mundo. Tal foi a força de suas razões e a evidência das afirmações, que abalou as convicções dos 50 sábios e todos confessaram a verdade do cristianismo. Muitos, dentre o povo, se converteram a Cristo. Maxêncio, vencido nos mestres de sua crença, enfurecido por ver demonstrada a falsidade dos deuses, mandou que os sábios fossem queimados vivos, em praça pública, no dia seguinte.

 A prisão

 Por ordem do tirano, Catarina foi encarcerada. No dia seguinte, Maxêncio mandou vir Catarina à sua presença. Estava apaixonado pela beleza da jovem. Procurou conquistá-la por meio de promessas e de adulações. Prometeu-lhe as honras devidas a uma deusa e dedicar-lhe um templo. A jovem insistia junto ao imperador para que deixasse de fazer tais propostas. Fiel a Jesus Cristo, dispôs-se a aceitar os sofrimentos e o martírio. O monarca enfurecido, deu ordens para que a jovem fosse flagelada. Catarina continuou condenada ao cárcere escuro, sem comer e sem beber. Maxêncio precisou viajar.

 Em sua ausência, a Imperatriz chamou o General Porfírio e contou-lhe:

– Nesta noite tive um sonho que me fez sofrer. Vi uma jovem encerrada num cárcere, rodeada de luz e de muitas pessoas vestidas de branco. A jovem se aproximou de mim e colocou-me uma coroa na cabeça dizendo: Ó imperatriz, eis a coroa que o céu te envia, em nome de Jesus Cristo, meu Deus e meu Senhor!” Peço-te, Porfírio, que me acompanhes à prisão em que se encontra Catarina.

 Porfírio já perdera a fé nos deuses e olhava com simpatia o Cristianismo. Chegaram ao cárcere às primeiras horas da noite. Estava iluminado por claridade indescritível. Rescendia suave odor. Apavorados, caíram por terra.

 - Levantai-vos! disse Catarina. Não vos assusteis! Cristo quer dar-vos a vitória.

Catarina conversou longamente com a imperatriz e o general Porfírio que aderiram a Cristo. Animou-os a se prepararem para as conseqüências, inclusive para o martírio que sua adesão a Cristo lhes traria. Porfírio comandava a primeira coorte dos guardas imperiais: 500 homens. Confirmado na fé, anunciou a seus soldados a Boa Nova de Jesus. Muitos se converteram.
Uma pomba branca trazia um alimento divino que sustentava Catarina, na prisão. No 12º dia de prisão, Cristo lhe apareceu e disse:

 – Alegra-te! Não tenhas medo! Estou contigo e não te abandonarei jamais. Muitos devem a ti a fé em meu nome!




   Martírio

 Maxêncio retornou da viagem. Convocou Catarina a comparecer no tribunal. O imperador ficou surpreso ao vê-la mais bela do que antes, apesar do jejum e da flagelação. Ordenou que os guardas fossem castigados se não revelassem quem a havia socorrido na prisão. Para defender a vida dos guardas, Catarina declarou:

 – Se estou com boa aparência é porque Aquele que eu confessei diante de ti, dignou-se alimentar Sua serva com pão celestial. Mais irritado ainda, Maxêncio acusa-a de feiticeira. Ordena que seja torturada e assassinada. A caminho do suplício, Catarina converteu a muitos que insistiam com ela para que atendesse aos desejos do imperador.

 Chursates, alto funcionário da corte, homem diabólico, veio ter com o imperador e lhe propôs condenar Catarina ao suplício da máquina com facas e pontas de ferro nas quatro grandes rodas que, ao se movimentarem em sentidos inversos umas das outras, despedaçariam o corpo colocado no meio delas. A máquina foi colocada na praça pública e Catarina foi trazida para o local. Enquanto preparavam o suplício, Catarina permaneceu tranqüila e rezou:

 – Ó Deus, Pai Todo-Poderoso, que não cessas de vir com bondade em socorro daqueles que Te invocam em seus perigos e em suas necessidades, atende-me. Peço-Te que esta máquina de tortura seja destruída a fim de que aqueles que estão aqui, tocados pelo Teu poder, glorifiquem Teu santo nome. Tu sabes que não oro por medo dos sofrimentos, pois desejo, de coração, chegar a Ti por qualquer gênero de morte, mas rezo por aqueles que, através de mim, devem crer em Ti e perseverem na confissão de Teu nome. Apenas a jovem acabara a oração, eis que um Anjo descendo do céu, num turbilhão, quebrou a máquina com tal ímpeto que os pedaços se projetaram sobre os algozes. Alguns morreram atingidos pelos pedaços das rodas e, outros, pelo raio.

 A Imperatriz foi ter com seu marido e lhe disse:
– Por que lutas contra o Senhor meu Deus? Que loucura te ergueres contra o Criador! Pensas que terás êxito? Reconhece, ao menos agora, nas rodas quebradas, o poder do Deus dos cristãos!

Muitos pagãos, vendo o sinal do céu, converteram-se a Jesus Cristo e diziam:
– Verdadeiramente, o Deus dos cristãos é muito grande. Confessamos Sua glória e somos Seus servidores, pois os teus deuses, ó imperador, são ídolos vãos e inúteis que não podem ajudar em nada aos seus adoradores e nem a eles mesmos.

Irritado ao ver que sua esposa professava a fé em Jesus Cristo ordenou aos carrascos que a levassem ao lugar do suplício para ser martirizada.

A imperatriz se encontrou com Catarina e lhe disse:
– Ó virgem de Jesus Cristo, ora por mim ao Senhor Deus por cuja glória iniciei este combate. Pede-lhe que ele confirme minha coragem, que fortaleça meu coração a fim de que, por meio do martírio, como afirmaste, obtenha aquilo que Cristo prometeu a Seus servos.
Catarina respondeu:

– Não tenhas medo, ó Rainha, amada pelo Senhor Deus, mas age com coragem, pois hoje, em troca de teu reino passageiro, receberás um reino eterno; em lugar de teu esposo mortal, farás aliança com o esposo imortal. Os sofrimentos passageiros conduzir-te-ão ao repouso eterno. Uma morte rápida, conduzir-te-á à vida que não terá fim. Hoje, em verdade, verás o dia em que se realizará teu nascimento. Encorajada, a rainha exortou os algozes a cumprirem logo as ordens do tirano. Os carrascos conduziram-na para fora da cidade. Com tenazes de ferro lhe arrancaram os seios; e, depois de cruéis tormentos, lhe deceparam a cabeça.

 Na manhã seguinte o imperador ficou sabendo que o general Porfírio e seus soldados embalsamaram e sepultaram o corpo da imperatriz. Encolerizado, ordenou que Porfírio e seus soldados fossem martirizados e decapitados. Por um edito expresso ordenou que seus corpos fossem devorados pelos cães.



 Morte Gloriosa

 Alguns dias depois, o imperador Maxêncio pediu que lhe trouxessem Catarina e lhe disse:
– Embora sejas mais culpada do que todos aqueles que, seduzidos por tua arte mágica, incorreram, por tua causa, à dura sentença de morte, todavia, se te arrependeres e ofereceres incenso às nossas divindades onipotentes, poderás reinar feliz conosco e ser nomeada a primeira em nosso reino.

Catarina desdenhou as promessas do tirano e preferiu ser fiel a Jesus Cristo.
Maxêncio ordenou que fizessem Catarina sair de sua presença e que fosse imediatamente decapitada.

Enquanto Catarina se apressava em direção ao lugar fixado para o martírio, viu a multidão que a seguia e muitos choravam. Disse-lhes:
– Se alguma piedade natural vos comove a meu respeito, peço-vos: alegrai-vos comigo, pois vejo Nosso Senhor Jesus Cristo que me chama. Ele é a soberana recompensa dos santos, a beleza e a coroa das virgens.

Pediu ao carrasco lhe desse tempo para orar:
– Ó bom Jesus, que és a alegria e a salvação de todos os que crêem em Ti, eu Te agradeço, meu Salvador, por Te haveres dignado admitir-me entre Teus servos.

Usa de misericórdia para com Tua humilde serva a fim de que todos aqueles que, em memória de meu martírio, Te louvarem e glorificarem, ou que me invocarem na hora da morte, ou em qualquer angústia, tribulação ou necessidade, sintam o poderoso efeito de Tua ajuda. Que toda peste e fome, toda doença e contágio, que a mortal violência das tempestades se afastem para longe deles. Que em seus campos e lavouras a colheita seja abundante. Que o ar, em seu clima, seja doce e salutar. Que todos os elementos lhes sejam amigos. Que eles obtenham abundância de bens corporais e espirituais.

Eis que meu combate chega ao fim, ó bom Jesus; mas, belo Senhor Deus, ordena que meu corpo, que agora será entregue à morte pelo gládio, seja guardado dos cães vorazes, pelas mãos de Teus anjos, e que ele espere em paz o dia em que se reunirá à minha alma, na companhia das virgens bem-aventuradas, no paraíso da felicidade eterna.
Catarina estendeu o pescoço e disse ao algoz:

– Eis que Nosso Senhor Jesus Cristo me chama! Faze o que tens a fazer.
O algoz, de um só golpe, decepou-lhe a cabeça.



 Veneração a Santa Catarina de Alexandria

 Segundo a tradição, os Anjos (monges) transportaram o corpo de Catarina para o mais alto pico do monte Sinai  que passou a ter seu nome.Desde os primeiros tempos do cristianismo, muitos fiéis, para fugirem das perseguições de Roma, e viverem mais unidos a Deus, no silêncio e na solidão, retiraram-se nos desertos do Sinai. Já no século III depois de Cristo encontramos monges no Sinai formando comunidades junto aos lugares santos: ao redor do monte Horeb, junto à “sarça ardente”8 , ao oásis Faran e a outros lugares, ao sul do Sinai.

Os primeiros monges sofreram privações, quer pela hostilidade da natureza, quer pelos assaltos de tribos nômades. Nada os detinha de se adentrarem nos desertos sinaíticos. Muitos deles viviam eremiticamente, nas grutas e dedicavam-se à oração. Nos dias festivos reuniam-se perto da “sarça ardente” para ouvirem o mestre espiritual e receberem a Eucaristia.A liberdade religiosa concedida pelo imperador Constantino9  propiciou o florescimento da vida monástica do Sinai.O imperador bizantino Justiniano (527 a 565) ordenou a construção do Mosteiro de Santa Catarina10  e da Igreja,11  no Monte Sinai.

A veneração a Santa Catarina teve novo impulso quando seu corpo foi descoberto no Monte Katharin, no século VIII12 . Tornou-se objeto de freqüentes visitas .Sua veneração propagou-se nas cristandades do Oriente, em toda Igreja Grega, no Ocidente, especialmente, na Igreja Latina.A Biblioteca Nacional da França possui a Vida de Santa Catarina em dois manuscritos de redação latina anteriores às Cruzadas…Catarina é um nome comum de batismo. Numerosas Igrejas e Capelas, localidades , tanto no Oriente como no Ocidente, são colocadas sob sua proteção.

Ela é honrada como padroeira da Congregação das Irmãs de Santa Catarina, dos jovens, das faculdades de filosofia das universidades, das escolas cristãs, da corporação dos moleiros (donos de moinho) e dos fabricantes de carros. É um dos quatorze santos auxiliares. Sua festa é celebrada no dia 25 de novembro.

 Oração

Senhor, nosso Deus, nas tribulações Tu nos revelas o poder de Tua misericórdia. De Ti, Santa Catarina recebeu a graça de suportar o martírio. De Ti nos venha também a força de confiar em Teu auxílio em todas as necessidades. Isto Te pedimos por Jesus Cristo. Amém.


A fama de Santa Catarina de Alexandria sobrevive na devoção crista e no nome de muitas igrejas em todas as partes do mundo.


sábado, 23 de novembro de 2013

E o Ano da Fé chega ao Fim.



Após a Jornada Mundial da Juventude Rio2013, a Arquidiocese do Rio de Janeiro reúne todo o povo carioca para a celebração da Festa da Unidade, por ocasião do encerramento do Ano da Fé, neste sábado, dia 23 de novembro, 4 meses exatos da abertura da JMJ. A data também marca o fim do ano litúrgico, o domingo de Cristo Rei, o dia do cristão leigo.

Segundo o Arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta é um importante momento da igreja. “O Papa Bento XVI convocou o Ano da fé e nos chamou a aprofundá-la”, explica. “A arquidiocese quer viver este momento celebrando em unidade, reunidos para agradecer a Deus pelo que vivemos, em especial a Jornada Mundial da Juventude, e olhar com esperança e confiança para o futuro o ano, que traz o Ano da Caridade Social”.

A programação da Jornada da Unidade conta com testemunhos, louvor, Adoração e Missa presidida por Dom Orani, além da participação de padre Reginaldo Manzotti e Missionário Shalom. O arcebispo convoca as paróquias, capelas, movimentos e novas comunidades para estarem juntos. São esperadas caravanas de todas as paróquias do Rio de Janeiro, marcando a comunhão da igreja.


O evento será realizado de 13h30 às 18h, na Catedral.

O arcebispo convoca fiéis e religiosos.



Ano litúrgico

É o período de doze meses, divididos em tempos litúrgicos, que celebram os mistérios de Cristo e a memória dos Santos. Organiza as comemorações religiosas, estabelecendo um calendário de datas. Começa no 1º Domingo do Advento (cerca de quatro semanas antes do Natal) e termina no sábado anterior a ele. Está dividido em “Tempos Litúrgicos”: Advento, Natal, Quaresma, Tríduo Pascal, Tempo Pascal, Tempo Comum.



Ano da Fé

Instalado pelo Papa Bento XVI nas comemorações da abertura do Cinquentenário do Concílio Ecumênico Vaticano II e o vigésimo ano do Catecismo da Igreja Católica, o “Ano da Fé” transcorre de 11 de outubro de 2012 a 24 de novembro de 2013. É mais uma oportunidade para que os católicos voltem um olhar mais apurado aos valores das doutrinas, revendo os Documentos do Concílio e as orientações presentes no Catecismo da Igreja Católica. É um excelente período para o conhecimento dos valores presentes no depósito da fé. A primeira vez que foi proclamado o “Ano da Fé” foi em 1967, instalado pelo Servo de Deus Papa Paulo VI, por ocasião do décimo nono aniversário do martírio dos Apóstolos Pedro e Paulo.

Ano da Caridade Social

O ano de 2014 será dedicado à reflexão sobre a responsabilidade cristã em favor da vida em toda a Arquidiocese do Rio de Janeiro. Será o Ano da Caridade Social.


Fonte: Arquidiocese do Rio de Janeiro

domingo, 18 de agosto de 2013

† A Assunção Gloriosa da Mãe de Deus


A Assunção de Nossa Senhora foi transmitida pela tradição escrita e oral da Igreja. Ela não se encontra explicitamente na Sagrada Escritura, mas está implícita.

Analisemos o fato histórico, segundo é contato pelos primeiros cristãos e transmitido pelos séculos de forma inconteste.

Na ocasião de Pentecostes, Maria Santíssima tinha mais ou menos 47 anos de idade. Depois desse fato, permaneceu ela ainda 25 anos na terra, para educar e formar, por assim dizer, a Igreja nascente, como outrora ela educara, protegera, e dirigira a infância do Filho de Deus.

Ela terminou sua "carreira mortal" na idade de 72 anos, conforme a opinião mais comum.

A morte de Nossa Senhora foi suave, chamada de "dormição".

Quis Nosso Senhor dar esta suprema consolação à sua Mãe Santíssima e aos seus apóstolos e discípulos que assistiram a "dormição" de Nossa Senhora, entre os quais se sobressai S. Dionísio Aeropagita, discípulo de s. Paulo e primeiro Bispo de Paris, o qual nos conservou a narração desse fato.


Diversos Santos Padres da Igreja contam que os Apóstolos foram milagrosamente levados para Jerusalém na noite que precedera o desenlace da Bem-aventurada Virgem Maria.

S. João Damasceno, um dos mais ilustres doutores da Igreja Oriental, refere que os fiéis de Jerusalém, ao terem notícia do falecimento de sua Mãe querida, como a chamavam, vieram em multidão prestar-lhe as últimas homenagens e que logo se multiplicaram os milagres em redor da relíquia sagrada de seu corpo.

Três dias depois chegou o Apóstolo S. Tomé, que a Providência divina parecia ter afastado, para melhor manifestar a glória de Nossa Senhora, como dele já se servira para manifestar o fato da ressurreição de Nosso Senhor.

S. Tomé pediu para ver o corpo de Nossa Senhora.

Quando retiraram a pedra, o corpo já não mais se encontrava.

Do túmulo se exalava um perfume de suavidade celestial!

Como o seu Filho e pela virtude de seu Filho, a Virgem Santa ressuscitara ao terceiro dia. Os anjos retiraram o seu corpo imaculado e o transportaram ao céu, onde ele goza de uma glória inefável.

Nada é mais autêntico do que estas antigas tradições da Igreja sobre o mistério da Assunção da Mãe de Deus, encontradas nos escritos dos Santos Padres e Doutores da Igreja, dos primeiros séculos, e relatadas no Concílio geral de Calcedônia, em 451.


Como Nossa Senhora era isenta do 'pecado original', ela estava imune à sentença de morte (consequência da expulsão do paraíso terrestre). Todavia, por não ter acesso à "árvore da vida" (que ficava no paraíso terrestre), Maria Santíssima teria que passar por uma "morte suave" ou uma "dormição".

Por um privilégio especial de Deus, acredita-se que Nossa Senhora não precisaria morrer se assim o desejasse, ainda que não tivesse acesso à "árvore da vida".

Tudo isso, é claro, ainda poderá ser melhor explicado com o tempo, quando a Igreja for explicitando certos mistérios relativos à Santíssima Virgem Maria que até hoje permanecem.

Muito pouco ainda descobrimos sobre a grandeza de Nossa Senhora, como bem disse S. Luiz Maria G. de Montfort em seu livro "Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem".

É certo que Nossa Senhora escolheu passar pela morte, mesmo não tendo necessidade.

Quais foram, então, as razões da escolha da morte por Nossa Senhora?


Pode-se levantar várias hipóteses. O Pe. Júlio Maria (da década de 40) assinala quatro:

1) Para refutar, de antemão, a heresia dos que mais tarde pretenderiam que Maria Santíssima não tivesse sido uma simples criatura como nós, mas pertencesse à natureza angélica.

2) Para em tudo se assemelhar ao seu divino Filho.

3) Para não perder os merecimentos de aceitação resignada da morte.

4) Para nos servir de modelo e ensinar a bem morrer.

Podemos, pois, resumir esta doutrina dizendo que Deus criou o homem mortal. Deus deu a Maria Santíssima não o direito (por não ter acesso à "Árvore da vida"), mas o privilégio, de ser imortal. Ela preferiu ser semelhante ao seu Filho, escolhendo voluntariamente a morte, e não a padecendo como castigo do pecado original que nunca tivera.


Analisemos, agora, a Ressurreição de Maria Santíssima.

Os Apóstolos, ao abrirem o túmulo da Mãe de Deus para satisfazer a piedade de São Tomé e ao desejo deles todos, não encontrando mais ali o corpo de Nossa Senhora, deduziram e perceberam que Ela havia ressuscitado!

Não era preciso ver à ressurreição para crer no fato, era uma dedução lógica decorrente das circunstâncias celestiais de sua morte, de sua santidade, da dignidade de Mãe de Deus, da sua Imaculada Conceição, da sua união com o Redentor, tudo isso constituía uma prova irrefutável da Assunção de Nossa Senhora.

A Assunção difere da ascensão de Nosso Senhor no fato de que, no segundo caso, Nosso Senhor subiu por seu próprio poder, enquanto sua Mãe foi assunta ao Céu pelo poder de Deus.

Ora, há vários argumentos racionais em favor da Assunção de Nossa Senhora. Primeiramente, havendo entrado de modo sobrenatural nesta vida, seria normal que saísse de forma sobrenatural, esse é um princípio de harmonia nos atos de Deus. Se Deus a quis privilegiar com a Imaculada Conceição, tanto mais normal seria completar o ato na morte gloriosa.

Depois, a morte, como diz o ditado latino: "Talis vita, finis ita", é um eco da vida. Se Deus guardou vários santos da podridão do túmulo, tornando os seus corpos incorruptos, muito mais deveria ter feito pelo corpo que o guardou durante nove meses, pela pele que o revestiu em sua natureza humana, etc.

Nosso Senhor tomou a humanidade do corpo de sua Mãe. Sua carne era a carne de sua Mãe, seu sangue era o sangue de sua Mãe, etc. Como permitir que sua carne, presente na carne de sua santíssima Mãe, fosse corrompida pelos vermes e tragada pela terra? Ele que nasceu das entranhas amorosíssimas de Maria Santíssima permitiria que essas mesmas entranhas sofressem a podridão do túmulo e o esquecimento da morte? Seria tentar contra o amor filial mais perfeito que a terra já conheceu. Seria romper com o quarto mandamento da Lei de Deus, que estabelece "Honrar Pai e Mãe".


Qual filho, podendo, não preservaria sua Mãe da morte?

A dignidade de Filho de Deus feito homem exigia que não deixasse no túmulo Aquela de quem recebera o seu Corpo sagrado. Nosso Senhor Jesus Cristo, por assim dizer, preservando o corpo de Maria Santíssima, preservava a sua própria carne.

Ainda podemos levantar o argumento da relação imediata da paixão do Filho de Deus e da compaixão da Mãe de Deus, promulgada, de modo enérgico, no Evangelho, pela profecia de S. Simeão falando à própria Mãe: "Eis que este menino está posto para a ressurreição de muitos em Israel, e para ser alvo de contradição. E uma espada transpassará a tua alma" (Luc. 2, 34, 45).

Esta tradução em vernáculo (português, no caso) é larga. O texto latino (em latim) tem uma variante que parece ir além do texto em português. "Et tuam ipsius animam pertransibit glaudius" - o que quer dizer literalmente: o mesmo gládio transpassará a alma dele e a vossa.

Como seria possível que o Filho, tendo sido unido à sua Mãe em toda a sua vida, na sua infância e na sua dor, não se unisse à Ela na sua glória?



Tudo isso se levanta dos Evangelhos.

A Assunção de Maria Santíssima foi sempre ensinada em todas as escolas de teologia e não há vós discordante entre os Doutores. A Assunção é como uma conseqüência da encarnação do Verbo.

Se a Virgem Imaculada recebeu outrora o Salvador Jesus Cristo, é justo que o Salvador, por sua vez, a receba. Não tendo Nosso Senhor desdenhado descer ao seu seio puríssimo, deve elevá-la agora, para partilhar com Ela a sua glória.

Cristo recebeu sua vida terrena das mãos de Maria Santíssima. Natural é que Ela receba a Vida Eterna das mãos de seu divino Filho.

Além de conservar a harmonia em sua própria obra, Deus devia continuar favorecendo a Virgem Imaculada, como Ele o fez, desde a predestinação até a hora de sua morte.

Ora, podendo preservar da corrupção do túmulo a sua santa Mãe, tendo poder para fazê-la ressuscitar e para levá-la ao céu em corpo e alma, Deus devia fazê-lo, pois Ele devia coroar na glória aquela que já coroara na terra... Dessa forma, a Santíssima Mãe de Deus continuava a ser, na glória eterna, o que já fora na terra: "a mãe de Deus e a mãe dos homens".

Tal se nos mostra Maria na glória celestial, como cantava o Rei de sua Mãe, assim canta Deus de Nossa Senhora: "Sentada à direita de seu Filho querido" (3 Reis, 2, 19), "revestida do sol" (Apoc. 12, 1), cercada de glória "como a glória do Filho único de Deus" (Jo. 1, 14), pois é a mesma glória que envolve o Filho e a Mãe! Ele nos aparece tão belo! E ela como se nos apresenta suave e terna em seu sorriso de Mãe, estendendo-nos os braços, num convite amoroso, para que vamos a Ela e possamos um dia partilhar de sua bem-aventurança!


O dogma da Assunção se refere a que a Mãe de Deus, ao cabo de sua vida terrena foi elevada em corpo e alma à glória celestial.

Este dogma foi proclamado pelo Papa Pio XII, no dia 1 de novembro de 1950, na Constituição Munificentissimus Deus:



‘Depois de elevar a Deus muitas e reiteradas preces e de invocar a luz do Espírito da Verdade, para glória de Deus onipotente, que outorgou à Virgem Maria sua peculiar benevolência;para honra do seu Filho, Rei imortal dos séculos e vencedor do pecado e da morte; para aumentar a glória da mesma augusta Mãe e para gozo e alegria de toda a Igreja, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos Pedro e Paulo e com a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que a Imaculada Mãe de Deus e sempre Virgem Maria, terminado o curso da sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma à glória do céu’.

Agora bem, Porquê é importante que os católicos recordemos e aprofundemos no Dogma da Assunção da Santíssima Virgem Maria ao Céu?


 O Novo Catecismo da Igreja Católica responde à esta interrogação:

“A Assunção da Santíssima Virgem constitui uma participação singular na Ressurreição do seu Filho e uma antecipação da Ressurreição dos demais cristãos”(966).

A importância da Assunção para nós, homens e mulheres do começo do Terceiro Milênio da Era Cristã, radica na relação que existe entre a Ressurreição de Cristo e nossa. A presença de Maria, mulher da nossa raça, ser humano como nós, quem se encontra em corpo e alma já glorificada no Céu, é isso: uma antecipação da nossa própria ressurreição.

Mais ainda, a Assunção de Maria em corpo e alma ao céu é um dogma da nossa fé católica, expressamente definido pelo Papa Pio XII pronunciando-se ‘ex-cathedra’. E… Quê é um Dogma?

Posto nos termos mais simples, Dogma é uma verdade de Fé, revelada por Deus (na Sagrada Escritura ou contida na Tradição), e que também é proposta pela Igreja como realmente revelada por Deus.

Neste caso se diz que o Papa fala ‘ex-cathedra’, quer dizer, que fala e determina algo em virtude da autoridade suprema que tem como Vigário de Cristo e Cabeça Visível da Igreja, Mestre Supremo da Fé, com intenção de propor um assunto como crença obrigatória dos fiéis católicos.


 O Novo Catecismo da Igreja Católica (966) nos explica assim, citando a Lumen Gneitium 59, que à sua vez cita a Bula da Proclamção do dogma:

‘Finalmente a Virgem Imaculada, preservada livre de toda macha de pecado original, terminado o curso da sua vida terrena foi levada à glória do Céu e elevada ao trono do Senhor como Rainha do Universo, para ser conformada mais plenamente a Seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte’.

E o Papa João Paulo II, em uma das suas catequeses sobre a Assunção, explica isto mesmo nos seguintes termos:

‘O dogma da Assunção, afirma que o corpo de Maria foi glorificado depois de sua morte. Com efeito, enquanto para os demais homens a ressurreição dos corpos ocorrerá no fim do mundo, para Maria a glorificação do seu corpo se antecipou por singular privilégio’ (JPII, 2- Julho-97).
‘Contemplando o mistério da Assunção da Virgem, é possível compreender o plano da Providência Divina com respeito a humanidade: depois de Cristo, Verbo Encarnado, Maria é a primeria criatura humana que realizou o ideal escatológico, antecipando a plenitude da felicidade prometida aos eleitos mediante a ressurreição dos corpos’ (JPII, Audiência Geral do 9-julho-97). Continua o Papa: ‘Maria Santíssima nos mostra o destino final dos que ‘escutam a Palavra de Deus e a cumprem’(Lc. 11,28). Nos estimula a elevar nosso olhar às alturas onde se encontra Cristo, sentado à direita do Pai, e onde também está a humilde escrava de Nazaré, já na glória celestial’(JPII, 15-agosto-97).


 Os homens e mulheres de hoje vivemos pendentes do enigma da morte. Ainda que o enfoquemos de diversas formas, segundo a cultura e crenças que tenhamos, por mais que o evadimos em nosso pensamento por mais que tratemos de prolongar por todos os meios ao nosso alcance nossos dias na terra, todos temos uma necessidade grande desta esperança certa de imortalidade contida na promessa de Cristo sobre nossa futura ressurreição.
Muito bem faria a muitos cristãos ouvir e ler mais sobre este mistério da Assunção de Maria, o qual nos diz respeito tão diretamente. Por quê se chegou a difundir-se a crença no mito pagão da re-encarnação entre nós? Se pensamos bem, estas idéias estranhas à nossa fé cristão vieram metendo-se na medida em que deixamos de pensar, de predicar e de recordar aos mistérios, que como o da Assunção, têm a ver com a outra vida, com a escatologia, com as realidades últimas do ser humano.


O mistério da Assunção da Santíssima Virgem Maria ao Céu nos convida a fazer uma pausa na agitada vida que levamos para refletir sobre o sentido da nossa vida aqui na terra, sobre o nosso fim último: a Vida Eterna, junto com a Santíssima Trindade, a Santíssima Virgem Maria e os Anjos e Santos do Céu. O fato de saber que Maria já está no Céu gloriosa em corpo e alma, como nos foi prometido aos que façamos a Vontade de Deus, nos renova a esperança em nossa futura imortalidade e felicidade perfeita para sempre.

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