Conforme a
Santa Liturgia de Hoje.
"Tendo Jesus nascido em Belém da
Judéia, no tempo do rei Herodes, alguns magos do Oriente chegaram a Jerusalém e
perguntaram: 'Onde está o recém-nascido rei dos judeus? Nós vimos a sua estrela
no Oriente e viemos para prestar-lhe homenagem".
Mateus, Cap 2, 1-3
Mateus, Cap 2, 1-3
Os três reis
magos (Melquior, Baltazar e Gaspar) são personagens bíblicos. Segundo o
apóstolo Mateus, eles vieram do Oriente, conduzidos por uma linda e brilhante
estrela.
Chegaram na
cidade de Belém, local de nascimento do menino Jesus, trazendo presentes
(mirra, ouro e incenso). Estes presentes possuíam um sentido simbólico. O ouro
representava a realeza, a mirra (resina antiséptica) simbolizava a pureza,
enquanto o incenso simbolizava a fé.
No contexto
bíblico, a palavra “mago” não significa bruxo ou feiticeiro, mas sim assume o
sentido de sacerdote ou sábio.
Os Três Reis
Magos, ou simplesmente Reis Magos ou Magos (em grego: μάγοι, transl. magoi), na
tradição cristã, são personagens que teriam visitado Jesus logo após o seu
nascimento, trazendo-lhe presentes. Foram mencionados apenas no Evangelho
segundo Mateus, onde se afirma que teriam vindo "do leste" para
venerar o Cristo, "nascido Rei dos Judeus". Como três presentes foram
registrados, diz-se tradicionalmente que tenham sido três, embora Mateus não
tenha especificado seu número. São figuras constantes em relatos do natividade
e nas comemorações do Natal.
Belchior
(também Melchior ou Melquior), Baltasar e Gaspar, não seriam reis nem
necessariamente três mas sim, talvez, sacerdotes da religião zoroástrica da
Pérsia ou conselheiros. Como não diz quantos eram, diz-se três pela quantia dos
presentes oferecidos. Não há relatos bíblicos sobre o nome dos magos.
Talvez
fossem astrólogos ou astrônomos, pois, segundo consta, viram uma estrela e
foram, por isso, até a região onde nascera Jesus, dito o Cristo. Assim os magos
sabendo que se tratava do nascimento de um rei, foram ao palácio do cruel rei
Herodes em Jerusalém na Judeia. Perguntaram eles ao rei sobre a criança. Este
disse nada saber. Herodes alarmou-se e sentiu-se ameaçado, e pediu aos magos
que, se o encontrassem, falassem a ele, pois iria adorá-lo também, embora suas
intenções fossem a de matá-lo. Até que os magos chegassem ao local onde estava
o menino, já havia se passado algum tempo, por causa da distância percorridas,
assim a tradição atribuiu à visitação dos Magos o dia 6 de janeiro.
A estrela, conta o evangelho, os precedia e parou por sobre onde estava o menino Jesus. "E vendo a estrela, alegraram-se eles com grande e intenso júbilo" (Mateus 2:10). "Os Magos ofereceram três presentes ao menino Jesus: ouro, incenso e mirra, cujo significado e simbolismo espiritual é, juntamente com a própria visitação dos magos, ser um resumo do evangelho e da fé cristã, embora existam outras especulações respeito do significado das dádivas dadas por eles.
O ouro pode
representa a realeza (além providência divina para sua futura fuga ao Egito,
quando Herodes mandaria matar todos os meninos até dois anos de idade de
Belém). O incenso
pode representar a fé, pois o incenso é usado nos templos para simbolizar a
oração que chega a Deus assim como a fumaça sobe ao céu (Salmos 141:2). A mirra,
resina antisséptica usada em embalsamamentos desde o Egito antigo, nos remete
ao gênero da morte de Jesus, o martírio, sendo que um composto de mirra e aloés
foi usado no embalsamamento de Jesus (João 19:39-40), sendo que estudos no
Sudário de Turim encontraram estes produtos.
A exegese vê na chegada dos reis magos o cumprimento a profecia contida «Os reis de toda a terra hão de adorá-Lo» (Salmos 71:11). Na antiguidade, o ouro era um presente para um rei, o olíbano (incenso) para um sacerdote, representando a espiritualidade, e a mirra, para um profeta (a mirra era usada para embalsamar corpos e, simbolicamente, representava a imortalidade).
Durante a
Idade Média começa a devoção dos Reis Magos (e que são "batizados"),
tendo as suas relíquias sido transladadas no séc. VI desde Constantinopla
(Istambul) até Milão. Em 1164, com os três já a serem venerados como santos,
estas foram colocadas na catedral de Colônia, em Colônia (Alemanha), onde ainda
se encontram.
A tradição
permaneceu viva e foi apenas no século III que eles receberam o título de reis
– provavelmente como uma maneira de confirmar a profecia contida no Salmo 72:
“Todos os reis cairão diante dele”. Cerca de 800 anos depois do nascimento de
Jesus, eles ganharam nomes e locais de origem: Melchior, rei da Pérsia; Gaspar,
rei da Índia; e Baltazar, rei da Arábia. Em hebreu, esses nomes significavam
“rei da luz” (Melichior), “o branco” (Gathaspa) e “senhor dos tesouros”
(Bithisarea).
Quem hoje
for visitar a catedral de Colônia, na Alemanha, será informado de que ali
repousam os restos dos reis magos. De acordo com uma tradição medieval, os
magos teriam se reencontrado quase 50 anos depois do primeiro Natal, em Sewa,
uma cidade da Turquia, onde viriam a falecer. Mais tarde, seus corpos teriam
sido levados para Milão, na Itália, onde permaneceram até o século 12, quando o
imperador germânico Frederico dominou a cidade e trasladou as urnas mortuárias
para Colônia. “Não sei quem está enterrado lá, mas com certeza não são eles”,
diz o teólogo Jaldemir Vitório, do Centro de Estudo Superiores da Companhia de
Jesus, em Belo Horizonte. “Mas isso não diminui a beleza da simbologia do
Evangelho de Mateus ao narrar o nascimento de Cristo.” Afinal, devemos aos
magos até a tradição de dar presentes no Natal. No ritual da antiguidade, ouro
era o presente para um rei. Incenso, para um religioso. E mirra, para um
profeta (a mirra era usada para embalsamar corpos e, simbolicamente,
representava a mortalidade).
Em várias partes do mundo, há festas e celebrações em honra aos Magos. Com o nome de Festa de Santos Reis há importantes manifestações culturais e folclóricas no Brasil.
Devemos aos
Magos a tradição de trocar presentes no Natal. Dos seus presentes dos Magos
surgiu essa tradição em celebração do nascimento de Jesus. Em diversos países,
como por exemplo os de língua espanhola, a principal troca de presentes é feita
não no Natal, mas no dia 6 de janeiro, e os pais muitas vezes se fantasiam de
reis magos. No Brasil, o evento é conhecido como Dia de Reis ou Epifania.
FONTE: BLOG ARQUEOLOGIA E TEOLOGIA –
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