quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Salve Santa Cecília - Virgem e Mártir e Padroeira dos Músicos.


Santa Cecília é a padroeira dos músicos. Não se tem muitas informações sobre a vida de Santa Cecília. É provável que tenha sido martirizada entre 176 e 180, sob o império de Marco Aurélio. Escavações arqueológicas não deixam dúvidas sobre a sua existência.

Segundo a Paixão de Santa Cecília, escrita no século V, Cecília seria da nobre família romana dos Metelos, filha de senador romano e cristã desde a infância.



Os pais de Cecília, sem que a filha soubesse, prometeram-na em casamento a um jovem patrício romano, chamado Valeriano. Se bem que tivesse alegado os motivos que a levavam a não aceitar este contrato, a vontade dos pais se impôs de maneira a tornar-lhe inútil qualquer resistência. Assim se marcaria o dia do casamento e tudo estava preparado para a grande cerimônia.


Da alegria geral que estampava nos rostos de todos, só Cecília fazia exceção. A túnica dourada e alvejante peplo que vestia não deixavam adivinhar que por baixo existia o cilício, e no coração lhe reinasse a tristeza.


Estando só com o noivo, disse-lhe Cecília com toda a amabilidade e não menos firmeza: “Valeriano, acho-me sob a proteção direta de um Anjo que me defende e guarda minha virgindade. Não queiras, portanto, fazer coisa alguma contra mim, o que provocaria a ira de Deus contra ti”. A estas palavras, incompreensíveis para um pagão, Cecília fez seguir a declaração de ser cristã e obrigada por um voto que tinha feito a Deus de guardar a pureza virginal.

Disse-lhe mais: que a fidelidade ao voto trazia a bênção, a violação, porém, o castigo de Deus. Valeriano vivamente impressionado com as declarações da noiva, respeitou-lhe a virgindade, converteu-se e recebeu o batismo naquela mesma noite. Valeriano relatou ao irmão Tibúrcio o que tinha passado e conseguiu que também este se tornasse cristão.




Turcius Almachius, prefeito de Roma, teve conhecimento da conversão do dois irmãos. Citou-os perante o tribunal e exigiu peremptoriamente que abandonassem, sob pena de morte, a religião que tinham abraçado. Diante da formal recusa, foram condenados à morte e decapitados.

Também Cecília teve de comparecer na presença do irredutível juiz. Antes de mais nada, foi intimada a revelar onde se achavam escondidos os tesouros dos dois sentenciados. Cecília respondeu-lhe que os sabia bem guardados, sem deixar perceber ao tirano que já tinham achado o destino nas mãos dos pobres. Almachius, mais tarde, cientificado deste fato, enfureceu-se extraordinariamente e ordenou que Cecília fosse levada ao templo e obrigada a render homenagens aos deuses.


De fato foi conduzida ao lugar determinado, mas com tanta convicção falou aos soldados da beleza da religião de Cristo, que estes se declararam a seu favor, e prometeram abandonar o culto dos deuses.


Almachius, vendo novamente frustrado seu estratagema, deu ordem para que Cecília fosse trancada na instalação balneária do seu próprio palacete e asfixiada pelos vapores d’água. Cecília experimentou uma proteção divina extraordinária e embora a temperatura tivesse sido elevada a ponto de tornar-se intolerável, a serva de Cristo nada sofreu. Segundo outros, a Santa foi metida em um banho de água fervente do qual teria saído ilesa.



Almachius recorreu, então, à pena capital. Três golpes vibrou o algoz sem conseguir separar a cabeça do tronco. Cecília, mortalmente ferida, caiu por terra e ficou três dias nesta posição. Aos cristãos que a vinham visitar, dava bons e caridosos conselhos. Ao Papa entregara todos os bens, com o pedido de distribuí-los entre os pobres. Outro pedido fora o de transformar a sua casa em igreja, o que se fez logo depois de sua morte. Foi enterrada na Catacumba de São Calisto.

As diversas invasões dos godos e lombardos fizeram com que os Papas resolvessem a transladação de muitas relíquias de santos para igrejas de Roma. O corpo de Santa Cecília ficou muito tempo escondido, sem que lhe soubessem o jazigo.

Uma aparição da Santa ao Papa Pascoal I (817-824) trouxe luz sobre este ponto. Achou-se o caixão de cipreste que guardava as relíquias. O corpo foi encontrado intacto e na mesma posição em que tinha sido enterrado. O esquife foi achado em um ataúde de mármore e depositado no altar de Santa Cecília. Ao lado da Santa acharam seu repouso os corpos de Valeriano, Tibúrcio e Máximo.



Em 1599, por ordem do Cardeal Sfondrati, foi aberto o túmulo de Santa Cecília e o corpo encontrado ainda na mesma posição descrita pelo papa Pascoal. O escultor Stefano Maderno que assim o viu, reproduziu em finíssimo mármore, em tamanho natural, a sua imagem.



A Igreja ocidental, como a oriental, tem grande veneração pela Mártir, cujo nome figura no cânon da santa Missa. O ofício de sua festa traz como antífona um tópico das atas do martírio de Santa Cecília, as quais afirmam que a Santa, nos festejos do casamento, ouvindo o som dos instrumentos musicais, teria elevado o coração a Deus nestas piedosas aspirações: “Senhor, guardai sem mancha meu corpo e minha alma, para que não seja confundida”.

Desde o século XV, Santa Cecília é considerada padroeira da música sacra e dos músicos. Sua festa é celebrada no dia 22 de novembro, dia da música e dos músicos.


BIBLIOGRAFIA:

* Conti, Dom Servilio. O Santo do dia, 4ª. ed. revista e atualizada,
Petrópolis,Vozes, 1990, p. 519-522;
* Alban Butler. Vida dos Santos, vol. XI/novembro. Petrópolis, Vozes, 1993, p. 207-210;
* Cordeiro, V. A. Santa Cecília. Porto, 1913.


Oração a Santa Cecília

Ó Gloriosa Santa Cecília,
apóstola de caridade,
espelho de pureza e modelo de esposa cristã!
Por aquela fé esclarecida,
com que afrontastes
os enganosos deleites do mundo pagão,
alcançai-nos o amoroso conhecimento
das verdades cristãs,
para que conformemos a nossa vida
com a santa lei de Deus e da sua Igreja.
Revesti-nos de inviolável confiança
na misericórdia de Deus,
pelos merecimentos infinitos
de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Dilatai o nosso coração, para que,
abrasados do amor de Deus,
não nos desviemos jamais
da salvação eterna.
Gloriosa Padroeira nossa,
que os vossos exemplos de fé e de virtude
sejam para todos nós um brado de alerta,
para que estejamos sempre atentos à vontade de Deus,
na prosperidade como nas provações,
no caminho do céu e da salvação eterna.
Assim seja.




   

LIVRO: Santa Cecília: Virgem e Mártir
Autor: Saverio M. Vanzo 

Descrição: 
O livro, escrito pelo Padre Saverio M. Vanzo (SSP) conta a história da jovem, virgem e mártir, Cecília, que desprezando os privilégios do mundo entregou-se totalmente a Deus.

As virtudes com que Deus ornou sua alma foram as mais admiráveis, porém, ao mesmo tempo, as mais difíceis de praticar.

Criatura frágil, cercada de inimigos terríveis, com o auxílio da divina graça, pôde livrar-se das ciladas que lhe haviam preparado, saindo ilesa e atraindo, com fascinação e a flagrância de suas virtudes, seus próprios inimigos.

Assim, a virgem Cecília mostrou a todos que até no meio dos maus, e na idade em que as paixões reclamam seus pretensos direitos, pode-se ser virtuoso e elevar o pensamento, o coração e a vontade a Jesus Cristo, Nosso Senhor.

Considerada a Padroeira dos Músicos por seus dons musicais, Santa Cecília é bem maior que este título. Seu talento musical foi usado em louvor de Deus, aquele que é o Senhor de todos os dons, e que também lhe deu o maior dom de todos: a fé.

E por sua fé Cecília partilhou a caridade, que é o amor de Cristo, com o seu próximo e, ancorada neste amor, trocou sua fortuna terrena pelos tesouros do céu a corte da terra pela nobre corte do Filho de Deus a paz dos homens pelos frutos do Paraíso a vida passageira na terra pela vida eterna e abundante com Deus.

Seu nome, de geração em geração, é lembrado pelos fiéis que se espalham por todo o mundo, recorrendo em suas necessidades a interseção desta Santa, martirizada nos primórdios do cristianismo mas amada até hoje por sua coragem e amor a Deus.


Ficha Técnica:

Número de Páginas: 64
Editora: Oratório
Idioma: Português-BR
ISBN: 978-85-64028-00-5
Dimensões do Livro: 13,5 x 20,5 cm

A venda no site




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