Existe no
decorrer do ano, diversas datas que são definidas como feriado, seja,
municipal, estadual ou nacional. Geralmente, um feriado sempre é bem vindo;
para muitos sinônimo de folga no trabalho e diversão. Mas, há uma questão muito
séria que encontra-se por trás de alguns destes feriados, são "dias
santos", por conseqüência consagrado há alguma entidade venerada por
multidões; estes feriados é uma forma de devotar louvor ou veneração a personagens declarados como
"santos" (1Co 10.19,20).
Irmãos
queridos somos chamados a uma vida santa (separada) e compromissados com as
verdades de Deus que estão expressas de forma clara na Bíblia; o Espírito Santo
move e faz-nos ver que é incompatível com a fé verdadeira participar destas
consagrações tradicionais em algumas cidades. E, na condição de
separados que somos, é sábio declararmos
diante das trevas que anulamos em nome de Jesus Cristo, todo poder e autoridade constituída pelos
homens às forças espirituais contra nossas vidas. O passo seguinte é
procurarmos viver um dia, de muita vigilância e consagração ao Senhor (Mt
26.41), para que não sejamos atingidos pelo inimigo.
Corpus
Christi é uma festa ao Corpo de Cristo. É uma data adotada na Igreja Católica,
para comemorar a presença real de Jesus Cristo no sacramento da Eucaristia,
pela mudança da substância do pão e do vinho na de seu corpo e de seu sangue (O
Catolicismo declara que a hóstia, torna-se literalmente em Carne e Sangue do
Senhor Jesus).
A seguir,
veja como iniciou-se esta comemoração:
A origem da
Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao século XII. A Igreja sentiu
necessidade de realçar a presença real do "Cristo todo" no pão
consagrado. Esta necessidade se aliava ao desejo do homem medieval de
"contemplar" as coisas. Surgiu nesta época o costume de elevar a
hóstia depois da consagração. Disseminava-se uma controvertida piedade
eucarística, chegando ao ponto das pessoas irem à igreja mais "verem"
a hóstia do que para participarem efetivamente da eucaristia
A Festa de
Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV com a Bula ‘Transiturus’ de
11 de agosto de 1264, para ser celebrada na quinta-feira após a Festa da
Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes. O Papa
Urbano IV foi o cônego Tiago Pantaleão de Troyes, arcediago do Cabido Diocesano
de Liège na Bélgica, que recebeu o segredo das visões da freira agostiniana,
Juliana de Mont Cornillon, que exigiam uma festa da Eucaristia no Ano
Litúrgico.
Juliana
nasceu em Liège em 1192 e participava da paróquia Saint Martin. Com 14 anos, em
1206, entrou para o convento das agostinianas em Mont Cornillon, na periferia
de Liège. Com 17 anos, em 1209, começou a ter ‘visões’,
(que
retratavam um disco lunar dentro do qual havia uma parte escura. Isto foi
interpretado como sendo uma ausência de uma festa eucarística no calendário
litúrgico para agradecer o sacramento da
Eucaristia). Com 38 anos, em 1230, confidenciou esse segredo ao arcediago de
Liège, que 31 anos depois, por três anos, será o Papa Urbano IV (1261-1264), e
tornará mundial a Festa de Corpus Christi, pouco antes de morrer.
A ‘Fête
Dieu’ começou na paróquia de Saint Martin em Liège, em 1230, com autorização do
arcediago para procissão eucarística só dentro da igreja, a fim de proclamar a
gratidão a Deus pelo benefício da Eucaristia. Em 1247, aconteceu a 1ª procissão
eucarística pelas ruas de Liège, já como festa da diocese. Depois se tornou
festa nacional na Bélgica.
A festa
mundial de Corpus Christi foi decretada em 1264, 6 anos após a morte de irmã
Juliana em 1258, com 66 anos. Santa Juliana de Mont Cornillon foi canonizada em
1599 pelo Papa Clemente VIII.
O decreto de
Urbano IV teve pouca repercussão, porque o Papa morreu em seguida. Mas se
propagou por algumas igrejas, como na diocese de Colônia na Alemanha, onde
Corpus Christi é celebrada antes de 1270.
O ofício
divino, seus hinos, a seqüência ‘Lauda Sion Salvatorem’ são de Santo Tomás de
Aquino (1223-1274), que estudou em Colônia com Santo Alberto Magno. Corpus
Christi tomou seu caráter universal definitivo, 50 anos depois de Urbano IV, a
partir do século XIV, quando o Papa Clemente V, em 1313, confirmou a Bula de
Urbano IV nas Constituições Clementinas do Corpus Júris, tornando a Festa da
Eucaristia um dever canônico mundial. Em 1317, o Papa João XXII publicou esse
Corpus Júris com o dever de levar a Eucaristia em procissão pelas vias
públicas.
O Concílio
de Trento (1545-1563), por causa dos protestantes, da Reforma de Lutero, dos
que negavam a presença real de Cristo na Eucaristia, fortaleceu o decreto da
instituição da Festa de Corpus Christi, obrigando o clero a realizar a
Procissão Eucarística pelas ruas da cidade, como ação de graças pelo dom
supremo da Eucaristia e como manifestação pública da fé na presença real de
Cristo na Eucaristia.
Em 1983, o
novo Código de Direito Canônico – cânon 944 – mantém a obrigação de se
manifestar ‘o testemunho público de veneração para com a Santíssima Eucaristia’
e ‘onde for possível, haja procissão pelas vias públicas’, mas os bispos
escolham a melhor maneira de fazer isso, garantindo a participação do povo e a
dignidade da manifestação.
A Eucaristia
é um dos sete sacramentos e foi instituído na Última Ceia, quando Jesus disse
:‘Este é o meu corpo...isto é o meu sangue... fazei isto em memória de mim’.
Porque a Eucaristia foi celebrada pela 1ª vez na Quinta-Feira Santa, Corpus
Christi se celebra sempre numa quinta-feira após o domingo depois de
Pentecostes.
Os dados
históricos foram colhidos em sites Católicos, facilmente encontráveis na rede.
Elias R. de Oliveira